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Daoud: Com evolução da pandemia, áreas rurais precisam de mais atenção

Em plena colheita, ainda restam mais de 40% da soja para ser colhida e os produtores já estão de olho no plantio do milho segunda safra

A Covid-19 continua avançando pelo Brasil, e nesta terça-feira, 30, o país bateu um novo recorde de mortes registradas em um dia. O número de óbitos pela doença foi de 3.668, pior marca registrada desde o início da pandemia.

Segundo dados, 17 estados e o Distrito Federal estão com alta nas mortes. Queda apenas no Amapá e Roraima, e o restante com estabilidade. Além disso, cerca de 16,9 milhões de pessoas já receberam a primeira dose de vacina. O número representa 8% da população.

Já a segunda dose foi aplicada em quase 5 milhões de brasileiro, o que representa 2,34% da população do país. Na última semana, os novos casos de Covid-19 foram de maioria nas regiões interioranas, com 61%, e 39% nas metrópoles.

E um exemplo do avanço da pandemia no interior do país, é Araraquara. Após um lockdown, o município vai instalar barreiras sanitárias por cinco dias para impedir a entrada de pessoas que não moram na cidade.

Só poderão entrar as pessoas que apresentarem laudo de teste negativo para Covid-19, emitido nas últimas 48 horas ou menos. As medidas sanitárias começam a valer a partir desta quarta-feira, 31, e devem vigorar até 4 de abril.

No campo

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, com avanço da doença pelo interior do país e nas áreas rurais, é preciso um ‘olhar mais profundo’ para aqueles que trabalham na lida do campo. Isso porque, em plena colheita, ainda restam mais de 40% da soja para ser colhida e os produtores já estão de olho no plantio do milho segunda safra.

“Sabemos que da porteira para dentro o problema é um pouco menor. Mas quando o produtor precisa sair de sua propriedade, seja pra comprar insumos ou negociar a sua safra, essas barreiras podem sim dificultar o trabalho, como é o caso de Araraquara, que não encontrou nenhuma outra solução para esse problema”, explica Daoud.