Dólar e USDA travam negociação de grãos no Brasil

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Fonte: Pixabay/montagem

O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira de preços indefinidos. A expectativa esteve voltada para o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta quinta-feira.

A baixa na Bolsa de Chicago para a soja foi compensada pela subida do dólar. O dia no geral foi lento nos negócios no país, com movimentação melhor apenas no Sul, com volumes razoáveis negociados.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira em baixa. Na véspera do relatório de maio do USDA, o mercado voltou a ser pressionado pelo enfraquecimento da demanda pelo produto dos Estados Unidos e pelo bom avanço no plantio da safra americana.

O Departamento deverá projetar, no seu relatório de maio, que a safra de soja 2018/19 americana será menor que a do ano anterior. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará safra de 117,3 milhões de toneladas. Em 2017/18, a produção americana ficou em 119,5 milhões de toneladas.

Para os estoques finais, a aposta é de números semelhantes aos de 2017/18, ficando em 14,9 milhões de toneladas. O atual número do USDA para 2017/18 é de 14,96 milhões de toneladas. Mas o mercado espera por um corte a ser anunciado na quinta para 14,7 milhões de toneladas.

Os estoques globais para 2017/18 deverão ser cortados de 90,8 milhões para 90 milhões de toneladas. Para 2018/19, a aposta é de um número próximo a 91,1 milhões de toneladas.

A estimativa de safra sul-americana em 2017/18 também deverá centralizar as atenções do mercado. A aposta é de nova elevação na previsão de produção brasileira, passando de 115 milhões para 116,6 milhões de toneladas.

A projeção para a safra da Argentina, no entanto, deverá ser reduzida, de 40 milhões para 38,6 milhões de toneladas.