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Governo estuda novos mecanismos para baratear importação de milho

Diretor da Conab diz que a redução de impostos como PIS, Confins e ainda tarifas marítimas podem ser adotadas na importação de milho

Entidades agropecuárias do Rio Grande do Sul estão solicitando apoio do governo para redução de custos na pecuária leiteira.  Entre as reivindicações, está a realização de leilões Pep e Pepro, como alternativa para aumentar a oferta de milho e assim diminuir o custo com a ração utilizada na atividade.

Sérgio de Zen, diretor de política agrícola e informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), afirma que a ministra da Agricultura Tereza Cristina já solicitou a adoção de medidas que beneficiem os produtores. Entre as alternativas, estaria a redução de impostos como PIS, Confins e ainda tarifas marítimas.

“Nesse primeiro momento temos que avaliar quais tarifas tornam o produto importado mais caro, e o que elas representam no preço final do produto, para então definir como ficaria a isenção e o que ela significa em termos de redução de custos. Já estamos atuando em uma linha de estudos sobre isso”, afirma de Zen.

Ainda segundo o diretor da Conab, o estudo ainda não foi encaminhado para aprovação do ministério da Economia, pois, segundo ele, ainda é preciso muito embasamento técnico para justificar a isenção de impostos diante do quadro fiscal complicado que o Brasil apresenta.

Sérgio de Zen acrescenta que os estoques públicos não são capazes de atender a demanda do mercado interno e que todo esse cenário de escassez do milho tem relação com a desvalorização do real perante o dólar. “A falta do grão no mercado também é levada pela boa oportunidade que o produtor viu diante do câmbio mais valorizado. Isso levou a um desequilíbrio na oferta que foi vista em todo o mundo e não há como o Estado intervir”, pontua.