Indústria busca alternativas para substituir café conilon

Qualidade do grão é duvida, enquanto inicio de colheita do arábica mostra boas perspectivas, o que diminuiu a diferença de preço entre os tipos

Fonte: divulgação

Os preços do café conilon e do arábica estão cada vez mais estreitos no mercado físico. Na última semana, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontou que é a menor diferença desde janeiro de 2014. Para a Pharos Consultoria, o clima explica este movimento.

Segundo o diretor da empresa, Haroldo Bonfá, o mercado está pautado pelo clima. Enquanto a colheita do café arábica iniciou bem no sul de Minas Gerais, a colheita do conilon no sul da Bahia e no Espírito Santo fez avançar os preços do grão.

“Há uma variação de produção. Nós estimamos uma perda do conilon entre 9 milhões e 13 milhões de sacas, e a indústria já começa a buscar alternativas para esta quebra, como substituir o conilon por um tipo de café arábica mais competitivo”, avalia Bonfá, que também comenta que a quebra de 30% na produção do Vietnã, maior produtor de conilon do mundo, está agitando o mercado.

O analista afirma que o clima deve continuar pautando os preços do café no mercado físico nas próximas semanas. Já a falta de chuvas na florada e crescimento das lavouras de conilon no país, além de um incentivo do governo da Colômbia para restauração das lavouras afetadas pelo El Niño, devem influencias as cotações no mercado internacional.