Tempo

La Niña ainda vai durar mais tempo; saiba até quando

Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) divulgou novo relatório sobre o fenômeno

O último relatório do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) indica que o enfraquecimento do La Niña só vai acontecer no outono de 2023.

Pela terceira safra seguida, o fenômeno deve trazer chuvas abaixo do normal para a região Sul e umidade elevada nas regiões Norte e Nordeste.

Frente fria na semana

Esta quinta-feira (11) começou com apenas 1,6 °C em Ituverava (SP) e com geadas em áreas do Centro-Sul. A capital paulista registrou a menor temperatura do ano, com 9,5 °C, e houve ventos de 85 km/h em diversas áreas do estado.

A frente fria e o ciclone extratropical já estão enfraquecendo e trouxeram chuva significativa em diversas áreas. Essa umidade foi boa para algumas culturas, mas prejudicou outras.

“A chuva beneficiou as lavouras de trigo, principalmente do Paraná, mas prejudicou o café e também o milho, que está em fase final de colheita”, afirma Desirée Brandt, meteorologista da Climatempo.

Segundo ela, a chuva fora de época no Sudeste pode provocar uma florada indesejada no café, já que posteriormente não vai haver umidade suficiente para sustentar a florada, que acaba sendo frustrada.

Frio continua

O frio continua nesta sexta-feira (12) no Centro-Sul, com risco de geadas entre o planalto do Paraná e o norte do Rio Grande do Sul. A chuva diminui no leste de Santa Catarina, mas o tempo ainda fica muito encoberto, com risco de chuva fraca.

A frente fria passa perto da costa da Bahia nesta sexta e a chuva aumenta em Salvador. O estado também deve registrar diminuição das temperaturas.

No norte do país a chuva se concentra no Amapá, em Roraima e na porção norte do Amazonas e do Pará, sendo acompanhada por trovoadas isoladas, principalmente no período da tarde.

Novo ciclone vem aí

Na semana que vem, há previsão de uma nova frente fria associada a um ciclone extratropical. Só que, desta vez, o ciclone deve se formar mais ao alto-mar, e não tão próximo à costa. Justamente por isso, a previsão não é de ventos tão fortes e nem de mar muito agitado.

De todo modo, a umidade voltará às áreas produtoras da metade norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, com volumes de 30 milímetros acumulados. A chuva vai chegar de forma fraca ao sul de São Paulo e de Mato Grosso do Sul.