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Soja

'Mesmo com importação, quem precisa de soja e milho vai continuar pagando caro’

Glauber Silveira faz uma análise sobre medida de isentar importação dos grãos e avalia que medida é para limitar explosão de preços nos portos

O Ministério da Agricultura deve pedir a isenção de tarifas para a soja e derivados até fevereiro de 2021 e, para o milho, as taxas zeradas devem acontecer até junho do ano que vem. Nos dois casos, não deve existir limite de cotas, segundo informações passadas por uma fonte do governo à equipe do Canal Rural.

O grupo responsável por definir as alterações tarifárias dentro do governo, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) fará uma reunião nesta sexta para analisar pedido do Ministério da Agricultura para zerar a tarifas de importação da soja em farelo, grão e óleo.

A ideia é que seja pedido a isenção da tarifa de importação para soja e derivados até  fevereiro de 2021 e, do milho, até junho de 2021. Na opinião de Glauber Silveira, vice-presidente da Abramilho, a medida tem como principal intuito limitar a escalada de preços dos grãos.

“Não resolve. A soja importada não é competitiva, ficando até R$ 20 a mais do que está hoje no porto e, imagina então levar esse grão para o interior do Brasil, pagando frete? O que o governo está fazendo é uma medida de Pilatos, para lavar as mãos”, disse.

Segundo ele, o papel do governo seria usar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para analisar a situação. “Produzimos mais milho e mais soja do que consumimos, e por que exportamos tanto? Porque o produtor produz para vender e o mercado brasileiro não soube se precaver desse movimento. Nesse caso, a Conab precisa prever e manter o estoque mínimo centralizado em regiões importantes. Essa medida não vai deixar o preço explodir além dos R$ 160 no porto, mas de certa forma quem precisa de milho e soja vai continuar pagando caro”, contou.

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