A colheita da terceira safra do feijão carioca chegou a 75% de área. Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), 547 mil toneladas foram colhidas entre junho e agosto.
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“Nesse momento, a colheita da safra garante um feijão de qualidade e que contribui, inclusive, para o aumento do consumo”, afirma o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders.
A colheita deve ser concluída até meados de outubro. Segundo o representante, o impacto das geadas na segunda safra do grão ajudaram a manter os preços aquecidos no mercado, entre R$ 260 e R$ 290 por saca, favorecendo o produtor.
“Nós não temos nenhum cenário de queda dos preços do feijão, exceto pontualmente. Ao que tudo indica, há inclusive a possibilidade de aumento no preço médio até o fim do ano”, prevê Lüders.
“Houve um atraso na primeira safra do ano que vem”, explica o representante, citando o Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Bahia. “São Estados que vêm diminuindo a área da primeira safra, então acreditamos que a comercialização, do ponto de vista do produtor, estará tranquila até o ano que vem”, acrescenta.
Lüders adianta que a perspectiva para a próxima safra é que os produtores diminuam a área do feijão carioca e aumente a do feijão preto. ” O Brasil tem importado feijão preto da Argentina”, conta, sugerindo que o produtor deve diversificar a lavoura, também, com feijão rajado e outras variedades, que podem ser exportados.
Recentemente, o Ibrafe foi reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), título que lhe confere direitos similares aos das Organizações Não-Governamentais (ONG’s).
“Nós encaramos o feijão como uma causa da alimentação, e agora temos a possibilidade de fomentar projetos de produção e diversificação da cultura”, comenta Lüdibrafeers. Segundo ele, o Ibrafe também está buscando junto à Agência de Promoção de Exportações (Apex) parcerias para aumentar a presença do feijão brasileiro no mercado externo.