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Caminhoneiros pedem apoio para renegociação de dívidas

Os caminhoneiros foram até a Câmara dos Deputados pedir apoio para que os bancos privados aceitem renegociar as dívidas referentes à compra de veículos

Caminhoneiros foram à Câmara dos Deputados pedir apoio para que bancos privados renegociem as dívidas da compra de veículos. Há cerca de um mês, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) emitiu uma circular autorizando a suspensão das cobranças por até 12 meses. A categoria reclama que, até o momento, apenas o Banco do Brasil aderiu a medida. O refinanciamento é destinado a contratos referentes ao Programa de Sustentação de Investimento (PSI) e ao Procaminhoneiro.

– A situação financeira está muito difícil. Inclusive familiares indo às agências bancárias, fazendo financiamento em nome deles e repassando esse dinheiro aos caminhoneiros para tentar não perder seu caminhão. Porque você sabe que essa lei que mudou, agora o banco pode, a partir da primeira parcela em atraso, já entrar com pedido de apreensão – afirmou Janir Bottega, representante do Fórum Permanente Para o Transporte Rodoviário de Cargas

Os profissionais também reclamam que mesmo o Banco do Brasil só está renegociando as dívidas de quem está com todas as parcelas quitadas. De acordo com Juliana Cruz, superintendente de Operações Indiretas do BNDES, a inadimplência não é motivo para barrar a renegociação:

– Essa situação não inibe que o agente financeiro, uma vez aceitando o refinanciamento, recebendo o refinanciamento, encaminhe o Refin ao BNDES das parcelas a vencerem. Nós acreditamos que essa percepção de que talvez os bancos não estejam aderindo decorre do momento de adaptação dos bancos. Eu creio que nos próximos dias, nos próximos meses, a gente vai ter um aumento do número de operações, solicitações de Refin chegando.

Já que os bancos privados não aderiram à circular do BNDES, os caminhoneiros querem uma autorização para fazer a portabilidade das dívidas para um banco público. Diante da pressão, as instituições financeiras particulares pediram um prazo de até 90 dias para começar a implementar o refinanciamento.

Segundo o Ademiro Vian, diretor de negócios da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a norma saiu há 30 dias.

– Tem um processo, você tem que desenvolver um sistema, desenvolver as normas internas, orientar a rede, então 30 dias é um tempo muito curto pra saber o resultado já da norma – disse o especialista.

Para ele, é um interesse dos bancos privados refinanciar.

– Se ele tem uma dívida e o cliente não está pagando, qual é a solução? Executar ou renegociar e ninguém quer ir para o Judiciário, todo mundo quer uma solução saudável – afirmou o representante da Febraban.

Apesar disso, alguns parlamentares têm pressionado para que o problema seja resolvido em menos tempo.

– Noventa dias os caminhoneiros não têm mais como aguentar. Eu acho que nós, parlamentares, temos que pressionar e reduzir desses 90 dias que eles nos pediram o máximo possível pra que possa atender os caminhoneiros – disse o Deputado Covatti Filho (PP/RS)

Para o deputado Valdir Colato (PMDB-SC), o governo tem dispositivos para pressionar o bancos a fazerem as renegociações.

– Se os bancos não cumprirem esse programa, outros programas que os bancos têm interesse, o governo tem toda condição de fazê-los, inclusive colocar mais arrecadação em cima do lucro dos bancos, do resultado dos bancos, que isso é uma prerrogativa que o governo pode colocar em prática – disse o deputado.

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