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ICMS menor deve estimular uso de etanol em MG

Expectativa é de que o consumo atinja 1,5 bilhão de litros em 2015, o dobro do registrado em 2014A partir deste mês começou a vigorar em Minas Gerais a menor alíquota do ICMS, o imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços, sobre o etanol. A diminuição da tributação sobre o combustível – de 19% para 14% – deve impulsionar o consumo no estado, acredita a Federação da Agricultura e Pecuária mineira (FAEMG). 

Fonte: Arquivo/Agência Brasil

– Agora é um momento de voltarmos a consumir mais etanol e voltar a funcionar a lavoura canavieira com mais empregos com mai renda para todos. Nós estamos entrando em um caminho que já deveríamos ter percorrido – diz o presidente da Federação, Roberto Simões.

A expectativa é de que o consumo de etanol em Minas Gerais atinja 1,5 bilhão de litros em 2015, o dobro do registrado no ano passado, com 60% da cana sendo destinada à fabricação de combustível.

A notícia é importante para o setor sucroenergético, que começa a safra 2015/2016 com uma dívida que representa 110% do faturamento no ano. Antes da redução da alíquota sobre o etanol hidratado, e o aumento do ICMS da gasolina, a relação entre o preço dos dois combustíveis no estado era de 72%. Diante desse cenário, o setor sucroenergético perdeu a competitividade e mergulhou em uma forte crise econômica.

Para esse ano, a expectativa é que a relação entre o preço da gasolina e do etanol fique em torno de 66% em Minas Gerais, tornando o etanol mais competitivo, cenário que não ocorre desde 2009.

– O último ano de grande consumo de etanol hidratado em Minas foi em 2009. Para cada 100 litros de gasolina, eram consumidos 40 litros de etanol hidratado, o que já era uma conquista muito grande para a época. Depois esse consumo de etanol hidratado foi destimulado e chegou em 2014 com apenas 15 litros de etanol hidratado para cada 100 litros de gasolina. Agora nossa expectativa é retormar a relação de 30 litros de etanol hidratado para cada 100 de gasolina – afirma o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Mário Campos.

Mesmo com o cenário positivo, Simões alerta que o setor precisa ficar atento ao custo de produção, que deve aumentar.

– Aumento de energia, reajuste da inflação acima da meta, isso tudo reflete no nosso custo e as margens cada vez ficam menores. É um processo quase de mágica que o produtor precisa usar a tecnologia no limite para ter rendimentos extraordinários e produividade alta porque os ganhos são realmente pequenos – diz. 

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