Pesquisas em bioinsumos e redução na emissão de gases poluentes estão no foco da Embrapa em 2022 Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agronegócio

Pesquisas em bioinsumos e redução na emissão de gases poluentes estão no foco da Embrapa em 2022

Trabalhos voltados em conter as mudanças climáticas e estudos na área de bioinsumos são prioridades para o próximo ano, diz presidente da Embrapa

Investindo em pesquisas de bioinsumos e em tecnologias para a redução de emissão de carbono e metano na agropecuária, a Embrapa viu 2021 como um ano positivo para o setor. A instituição também integrou a comitiva brasileira na  Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP26), ocorrida em Glasgow, na Escócia, e acredita que o tema das mudanças climáticas estará na pauta permanente da agricultura mundial nos próximos anos.

A perspectiva da Embrapa sobre a participação do país na COP26 era de reposicionar a visão mundial em relação à agropecuária brasileira. O maior evento do clima aconteceu em um ano marcado por desafios ainda em decorrência da pandemia de coronavírus.

“O ano de 2021 foi realmente muito intenso, o agro não parou, a Embrapa não parou. Nós fizemos uma série de lançamentos marcados pelo nosso aniversário de 48 anos no mês de abril e tivemos uma participação bastante intensa na COP26, levando um BR que produz e preserva, mostrando para o mundo que é possível produzir e preservar com baixa emissão de carbono”, destaca o presidente da Embrapa, Celso Moretti.

Durante a COP26, o brasil assumiu, junto a mais de 100 países, compromissos considerados ousados por boa parte do setor.

“O fim do desmatamento ilegal até 2030, e o acordo do metano, que é uma ambição global de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030 com base nas emissões de 2020. É importante esclarecer que não é que o Brasil vai ter que reduzir 30% da sua emissão de metano, mas o país faz parte desse conjunto de 103 países que assinaram o acordo do metano e vamos participar dessa meta de redução. Nós temos um conjunto de tecnologia para apoiar esse trabalho da pecuária”, enfatiza Moretti.

A Embrapa vem desenvolvendo tecnologias para o campo para contribuir com as metas globais. Uma delas, envolve diretamente as pastagens.

“Mais uma vez, a agropecuária movida pela ciência se antecipando a movimentos que vão ocorrer no mundo. Primeiro, ter pastagens forrageiras mais digeríveis pelos animais, se ela é mais facilmente digerível, você tem uma menor produção de metano por esses animais. Então esse é o primeiro pilar, melhoramento genético e vegetal”.

Outro ponto em destaque é o melhoramento genético dos animais com abate antecipado de 48 para 36 meses, o que reduz em 25% a emissão de metano na pecuária pela diminuição de tempo do animal no pasto. Além disso, a empresa investe no desenvolvimento de pesquisa para o uso de aditivos na ração bovina.

“Nós estamos trabalhando com a variação do uso de tanino na alimentação dos animais. Estamos também avaliando óleos essenciais e, em parceria com o setor privado, alguns aditivos que também vão contribuir para a redução de metano. Em uma parceria com a universidade da Califórnia, estamos experimentando o uso de aditivo que é uma alga marinha que, em alguns casos, pode reduzir mais de 50% a emissão de metano e nós já começamos esses estudos”, aponta o presidente da Embrapa.

O investimento em pesquisas que auxiliem o agro na preservação ambiental continuará no foco da instituição para 2022.

“Nós temos duas grandes apostas: trabalhos voltados a adaptação e mitigação e de mudanças climáticas e na área de bioinsumos, biofertilizantes e biopesticidas”, finaliza Celso Moretti.

 

Sair da versão mobile