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Preços não acompanham qualidade da safra de abacaxi no Rio Grande do Sul

Queda na procura tem forçado produtores a negociar a fruta por valor menor do que em outras temporadas 

Fonte: Venilton Küchler/ SESA

No Rio Grande do Sul a safra de abacaxi está a pleno vapor. Produtores comemoram a qualidade e o volume dos frutos colhidos, mas a baixa no consumo depreciou o preço em alguns casos. 

A cidade de Terra de Areia, no litoral norte do Rio Grande do Sul, é mais conhecida como a “terra do abacaxi”. São mais de 340 hectares destinados à fruta. A produção pode até não ser grande – já que todo o estado cultiva 500 hectares – mas a característica do produto chama atenção. 

“É conhecido o abacaxi de terra de areia pela doçura que tem, pela qualidade, pelo teor do grau brics de açúcar das frutas, que é de excelente qualidade”, afirma o técnico em agropecuária da Emater, Jânio Rodrigues Pintos. 

O tempo quente, com chuvas bem regulares, privilegia a produção de agricultores do litoral, como Alceu Santin, que tem tido bom retorno. 

“Cheguei a um estágio em que não preciso mais aplicar fungicidas para combater doenças, e também não preciso mais aplicar inseticidas para combater pragas.  Cuido de tudo através do manejo da lavoura, do monitoramento da lavoura, e do manejo de inços”, aponta. 

Alceu Santin espera colher 23 mil frutas. O volume e a qualidade estão bem, mas a preocupação é com o preço. Como vende para frutarias da região, ele já recebe valor menor do que se vendesse direto para o consumidor. Neste ano, a procura caiu, e o preço também. “A nossa fruta ela é tão saborosa que ela vende sozinha, mas neste ano não está rodando. O que ano passado se vendia a R$ 1,30 na lavoura, neste ano se vende por menos”, conta. 

Mas o técnico Jânio Rodrigues Pintos lembra que dá para conseguir um preço melhor. O caminho é a venda direta para o consumidor. 

“Movimenta muito o turismo nesta época do ano, que coincide com a produção de abacaxi de dezembro, janeiro e fevereiro. Então, eles fazem pontos de vendas nos balneários e atingem um preço mais satisfatório, que chega a uma média entre R$ 1,50 e R$ 2 por fruto vendido”, analisa. 

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