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Tereza Cristina defende sustentabilidade do agro na pré-cúpula de sistemas alimentares

A ministra da Agricultura fez questão de comparecer ao evento para reforçar boas práticas que garante destaque na produção agrícola

A pré-cúpula dos Sistemas Alimentares foi encerrada nesta quarta, 28. O evento comandado pela Organização das Nações Unidas (ONU) durou três dias e levou líderes de todo o mundo a discutir como mudar os sistemas alimentares para alcançar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. Entre as metas estão o de erradicar a pobreza e levar a fome a zero junto da agricultura sustentável. A ministra Tereza Cristina esteve em Roma e participou tanto do evento como de agendas bilaterais.

Ao longo de três dias, a ministra da Agricultura defendeu a produção agropecuária brasileira e das Américas na programação oficial da pré-cúpula e em diálogos promovidos pelo Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA).

“Somos exemplos de produção com sustentabilidade, condição que contribui para que sejamos a maior região produtora de alimentos no mundo. É imprescindível portanto que nossas perspectivas sobre a evolução dos sistemas alimentares sejam não apenas ouvidas, mas incorporadas às narrativas que estão sendo produzidas nesta pré-cúpula”, disse a ministra.

Para o assessor especial do governo e integrante da comitiva brasileira na Cúpula Internacional de Sistemas Alimentares, Fernando Zelner, as impressões negativas sobre a produção agrícola no Brasil que podem ser apresentadas na cúpula representam um risco na interferência de comércio com outros países.

“O perigo é você ter uma narrativa que é contrária ao interesse do Brasil e que aí é levada, por exemplo, para a Organização Mundial do Comércio. É importante mostrar nosso ponto de vista e ainda ressaltar o papel da América Latina, que é a maior região exportadora líquida de alimentos e a maior região provedora de serviços ambientais. Você não pode falar de alimentos e não levar em conta o que a América Latina pensa”, ressalta Zelner.

A cúpula dos sistemas alimentares que acontecerá em setembro, em Nova York, foi convocada pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em 2020. Em dezembro do mesmo ano, acadêmicos e membros de ONGs determinaram linhas de ação na mudanças destes sistemas a convite da ONU. Alguns itens preocupam o Brasil e outros países, por isso a ministra decidiu participar do evento presencialmente.

A primeira linha de ação trata de acesso a alimentos seguros e nutritivos. Entre as sugestões está a ampliação de programas de proteção social e a redução de custos de dietas saudáveis e nutritivas.

A segunda linha do consumo sustentável e saudável propõe o aumento da diversidade e do acesso a alimentos saudáveis a pessoas pobres e também a redução do consumo excessivo de alimentos de origem animal, em especial a carne vermelha.

A terceira linha trata da produção em escala de alimentos de forma positiva para a natureza e sugere, por exemplo, a proteção de ecossistemas naturais e a restauração de áreas degradadas para uso de produção de alimentos.

Na promoção de sustento e distribuição de valor se fala em ter políticas específicas para meninas e mulheres rurais e também o fortalecimento de rurais pobres ante riscos climáticos.

E no propósito de construir resiliência contra choques e tensões, se propõe a criação de financiamento e parcerias público-privadas e a identificação de práticas prejudiciais ao agro como excesso de adubação, uso de fertilizantes e irrigação.

Em uma publicação nas redes sociais, a ministra destacou que o brasil pode dar exemplo com programas como o de alimentação escolar que proporciona alimento saudável aos mais vulneráveis e renda aos agricultores. Tereza Cristina ainda debateu o assunto de forma direta com o diretor geral da FAO e com a secretária-geral adjunta da ONU.

Os debates da pré-cúpula servirão de base para a cúpula que será realizada em setembro em Nova York. Lá, o secretário geral deve publicar um documento com diretrizes para a mudança dos sistemas alimentares.

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