A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou na última semana suas projeções para a safra de soja 2020/2021 do país. No relatório de fevereiro, a entidade apontou a expectativa de uma produção maior em comparação a janeiro deste ano, entretanto a Bahia teve o maior ajuste negativo entre os estados.
Antes de falar sobre a Bahia vale destacar que a Conab elevou a expectativa de produção da soja no país, passando de 133,6 milhões de toneladas em janeiro, para 133,8 milhões de toneladas em fevereiro. Esse foi o primeiro ajuste positivo após dois negativos seguidos (novembro para dezembro e dezembro para janeiro).
De acordo com a entidade, dos 20 estados acompanhados, 8 deles tiveram reajustes para cima em suas perspectivas de produção de janeiro para fevereiro. Os maiores incrementos ocorreram em:
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- Rio Grande do Sul, que passou de uma perspectiva de produzir 19,861 milhões de toneladas em janeiro para 20,066 milhões de toneladas em fevereiro, ou seja pouco mais de 205 mil toneladas de soja a mais;
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- São Paulo, que passou de uma perspectiva de produzir 4,144 milhões de toneladas em janeiro para 4,299 milhões de toneladas em fevereiro, ou seja pouco mais de 154 mil toneladas de soja a mais;
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- Santa Catarina, que passou de uma perspectiva de produzir 2,383 milhões de toneladas em janeiro para 2,532 milhões de toneladas em fevereiro, ou seja pouco mais de 148 mil toneladas de soja a mais;
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- Piauí, que passou de uma perspectiva de produzir 2,383 milhões de toneladas em janeiro para 2,532 milhões de toneladas em fevereiro, ou seja pouco mais de 109 mil toneladas de soja a mais.
Bahia limita produção nacional
Se a soma dos incrementos estaduais, citados acima, chega a quase 620 mil toneladas juntos, o ajuste negativo realizado na produção de soja da Bahia (em fevereiro) pela Conab, limita o aumento ainda maior na safra do país.
Segundo a entidade, o estado, que tinha a perspectiva de colher 6,496 milhões de toneladas em janeiro, teve sua previsão cortada para pouco mais de 6,021 milhões de toneladas agora em fevereiro. Ou seja, quase 475 mil toneladas a menos do que antes previsto.
Agora, a Conab já não espera que o recorde de produção do estado, obtido em 2017/2018 de 6,333 milhões de toneladas, seja batido. Nem mesmo as 6,122 milhões de toneladas de soja colhidas na safra passada, 2019/2020, serão atingidas nesta temporada.
Vale destacar que a entidade não explicou o corte na projeção em seu relatório e se ateve a comentar sobre a evolução da colheita apenas. O resultado na produção é reflexo de uma redução na produtividade média do estado, que agora não deve passar das 59 sacas por hectare, contra as 63,6 sacas de soja por hectares de janeiro e as 62,9 sacas por hectare de 2019/2020.
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