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Chuvas na semana melhoram lavouras de soja do Rio Grande do Sul, diz Emater

Segundo a entidade, mais da metade das lavouras do estado ainda se encontram em germinação ou desenvolvimento vegetativo

As chuvas ocorridas na semana foram muito benéficas à soja em desenvolvimento no Rio Grande do Sul. Avançou o percentual de lavouras em fase reprodutiva, com 37% delas em floração e 10% em enchimento de grãos, estas localizadas mais ao noroeste do estado.

Embora em volumes variados no estado, as chuvas favoreceram a cultura em todas as regiões, uniformizaram as lavouras e refletiram no desenvolvimento e porte das plantas e na emissão de folhas e ramos novos, com fechamento das entrelinhas.

SOJA EMATER

Confira a análise da Emater para algumas regiões:

Bagé

Com 14% da área gaúcha cultivada com a cultura, as precipitações ocorridas na semana uniformizaram geograficamente a disponibilidade de umidade nos solos. Apenas algumas lavouras situadas em várzeas ou áreas ribeirinhas apresentaram danos por excesso de umidade.

“Cultivares precoces semeadas entre o final de outubro e o início de novembro estão em fase de formação das vagens e iniciam o enchimento dos grãos. As estabelecidas em novembro entram em floração. Em relação ao manejo das lavouras, na Campanha, foi observada a incidência de mancha parda no terço inferior das plantas. Presença de lagartas foi observada na Fronteira Oeste, sendo realizados alguns controles. A observação de ácaros foi generalizada, mas em decorrência das chuvas, é esperada redução na multiplicação da praga.”

Erechim

A cultura encontra-se em pleno desenvolvimento, e 20% das áreas iniciam a floração; produtores realizam tratamentos fitossanitários.

Passo Fundo

A cultura toda germinou, com alguns casos de germinação desuniforme. Na região, 25% das lavouras estão em fase de floração.

Frederico Westphalen

Com 7% da área estadual cultivada com a cultura, o desenvolvimento das lavouras está mais adiantado: 35% em floração e 5% em formação de grãos.

“Há presença de pragas como tripes e raspador ou bicudo. Agricultores iniciam o manejo fitossanitário, preocupados com a ferrugem asiática e a ocorrência de oídio.”

Ijuí

Com 16% da área cultivada no estado, as plantas apresentam porte médio, entrenós mais curtos e maior número de ramificações laterais, com emissão de folhas de tamanho normal e coloração verde intenso, características que melhoram a área foliar permitindo aumentar a taxa de fotossíntese.

“Com o crescimento das plantas, as lavouras apresentam aspecto visual de uniformidade, escondendo os espaços com falhas de plantas. A cultura evolui rapidamente para o estádio reprodutivo, com boa emissão de flores. Seguem o monitoramento e o controle de insetos-praga como tripes e lagartas.”

Soledade

As chuvas favoreceram as lavouras, principalmente no baixo Vale do Rio Pardo, onde a situação era mais crítica devido ao período de três semanas sem precipitações. A cultura retomou o crescimento e o desenvolvimento. Na região, 55% das lavouras estão em estádios reprodutivos.

“Em finalização o controle de plantas invasoras com herbicidas pós-emergentes; foram intensificados os tratamentos fúngicos preventivos, especialmente para manchas foliares e ferrugem asiática. Com relação a pragas, é baixa a incidência de lagartas, com presença de algumas falsas medideiras e de tripes e ácaros, monitorados e controlados. Em área monitorada para ferrugem asiática em Soledade, os resultados são negativos para a presença de esporos.”

Pelotas

Com 7% da área cultivada no estado, parte das lavouras entra rapidamente no estágio reprodutivo. Os acumulados de chuvas foram significativos para o pronto restabelecimento e desenvolvimento da cultura. Muitas áreas que já sentiam os efeitos da estiagem recuperaram-se, promovendo rápido crescimento e desenvolvimento de massa vegetal, com expectativas de proporcionar florada abundante.

“Locais com áreas em início do enchimento de grãos foram bastante beneficiadas, proporcionando bom pegamento e enchimento das vagens. Não há ocorrência significativa de pragas e doenças.”

Caxias do Sul

A cultura foi imensamente favorecida pelo quadro climático ocorrido durante o período, impingindo vigor e crescimento bastante acelerado. As últimas áreas implantadas já demonstram o fechamento da cultura, acarretando sombreamento do solo, em função do qual reduzem incisivamente a germinação de ervas concorrentes e a perda rápida da umidade do solo.

“Lavouras apresentam-se com boa sanidade e livre de ataques de pragas, configurando um quadro de tranquilidade aos sojicultores.”

Santa Maria

a soja representa 16% da área cultivada no estado, a semana registrou precipitações importantes para a lavoura. Em Cachoeira do Sul, com mais de 100 mil hectares semeados, a chuva trouxe melhora significativa para o desenvolvimento da cultura.

“De maneira geral, se intensificam o monitoramento e os controles fitossanitários de pragas e doenças. Na região, 30% das lavouras estão em floração e 10% em enchimento de grãos.”

Santa Rosa

A soja representa 12% da área cultivada no estado. As chuvas reanimaram a cultura, diminuindo o estresse hídrico das semanas anteriores e favorecendo o desenvolvimento dos cultivos. Porém, estima-se redução de rendimento em alguns municípios devido à distribuição irregular de chuvas, às altas temperaturas e à umidade relativa do ar muito baixa nas semanas anteriores.

“Registra-se o alastramento de tripes, mas o controle acompanha a incidência da praga. Até o momento, não há registro de lagartas. Na maior parte da área, está em andamento apenas o monitoramento de pragas.”

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