Soja Brasil

Embrapa explica os riscos de semear a soja com pouca umidade no solo

Segundo o pesquisador, o clima quente tem gerado uma evapotranspiração de mais de 3 mm em algumas lavouras, deixando plantios que aproveitaram poucos milímetros de chuvas, em risco

Em muitos estados produtores de soja do país, o plantio está atrasado em relação à safra passada por conta da falta de chuvas. Também há casos de agricultores que preferiram arriscar a semeadura mesmo com pouca umidade ou no pó e, agora, acompanham o clima torcendo para que as plantam tenham boa germinação.

Segundo o pesquisador da Embrapa Soja Salvador Foloni, é preciso ter uma quantidade mínima de umidade no solo para a lavoura possa iniciar o processo de germinação e se estabeleça de maneira adequada.

“Estamos falando em um stand adequado, vigor de plantas, para que a lavoura tenha um potencial produtivo elevado. É muito importante que essa reserva de água no solo seja recomposta. Nunca indicamos fazer a semeadura no pó, aguardando a umidade que virá. Isso é errado agronomicamente falando e pode afetar de início o potencial produtivo, mesmo que as plantas germinem”, diz Foloni.

O pesquisador comenta que temperaturas como as atuais, muito elevadas, complicam ainda mais a situação de semeaduras sem a umidade necessária.

“A maioria das regiões sojícolas estão com déficit hídrico acentuado. A evapotranspiração das áreas de lavouras, mesmo sem plantas, está muito acelerado, variando entre 2 mm, 3 mm ou atpe mais por dia. Então se o produtor decide plantar após uma chuva de 10 mm, corre risco de que a planta não encontre a umidade necessária para desenvolver seu sistema radicular. Essa lavoura passará a ter problemas dali para frente e a produtividade não será tão boa”, afirma.

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