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Argentina anuncia fim da greve e soja recua na Bolsa de Chicago

A expectativa é de que com o fim da paralisação, que durou cerca de 20 dias, as exportações da oleaginosa do país aumentem no curto prazo

Porto de Buenos Aires, na Argentina
Porto de Buenos Aires. Foto: Governo da Argentina

Após 20 dias de paralisação, indústria e sindicatos chegaram a um acordo para encerrar a greve de trabalhadores portuários e de esmagamento na Argentina. O anúncio foi feito na terça-feira, 29, à noite, após reunião que durou mais de nove horas no Ministério do Trabalho.

A Câmara da Indústria de Óleo da República Argentina (Ciara) publicou comunicado em seu site informando que o acordo consiste em um aumento salarial de 35% em 2020, bônus anual igual ao salário já com o aumento de 35% incluso, bônus pandêmico excepcional de 90 mil pesos em 9 prestações para quem trabalhou no Isolamento Social Preventivo e Compulsório, reajuste salarial de 25% para 2021 em duas partes e uma revisão salarial em agosto com aplicação do índice de preços ao consumidor no fim de 2021.

“Se privilegiou a paz social como objetivo empresarial, em virtude das consequências econômicas para a indústria, a comunidade, os mesmos trabalhadores e o país”, informa a nota da Ciara. “Além disso, a Argentina passou a ser um provedor pouco confiável a nível internacional.”

Somente um dos sindicatos, a União de Recebedores de Grãos e Anexos (Urgara) ainda esperava uma reunião com a Câmara de Portos Privados para negociar, segundo o jornal argentino La Nación.

Fim da greve na Argentina e o reflexo na soja

O avanço nas negociações na Argentina já tinham pressionado os contratos da soja negociados na Bolsa de Chicago, nesta terça-feira, 29. Porém, o mercado futuro reagiu e fechou em alta.

Na abertura desta quarta-feira, 30, a notícia de sindicatos e empresas argentinas entraram em acordo voltou a pressionar as cotações. É esperado que com o fim da paralisação, que durou cerca de 20 dias, aumente a exportação de soja do país.

Os contratos com vencimento em janeiro de 2021 operam cotados a US$ 12,86 por bushel, perda de 9,50 centavos de dólar ou 0,73% em relação ao fechamento anterior.

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