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Soja: avanço do plantio foi mínimo nos últimos dias no RS

Onde o déficit hídrico é mais grave, as lavouras de soja apresentam menor porte, encurtamento dos entrenós, amarelecimento dos primeiros trifólios e até morte de plantas

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Plantio de soja. Foto: Divulgação

O plantio da soja segue em 96% da área no Rio Grande do Sul. Na semana passada, eram os mesmos 96%, segundo a Emater-RS. Em igual período do ano passado, 95%. A média para os últimos cinco anos é de 100%. A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha.

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A evolução da semeadura, que aconteceu em pequenas áreas onde ainda havia umidade das chuvas mais volumosas, não alterou a proporção estadual. Cerca de 80% das lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo, que ocorre de maneira irregular e desuniforme pela variação dos teores de umidade nos solos.

Onde o déficit hídrico é mais grave, as lavouras de soja apresentam menor porte, encurtamento dos entrenós, amarelecimento dos primeiros trifólios e até morte de plantas, principalmente nas bordas das lavouras e em topografia de solos rasos. Em lavouras em que ocorreram precipitações, onde há maior volume de palha residual de culturas anteriores, localizadas em solos profundos ou em várzeas, o dossel das plantas encobre as entrelinhas, e o estado geral das lavouras é mais próximo da normalidade.

Lavouras de soja em floração no Rio Grande do Sul

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Foto: Embrapa Soja

As lavouras em floração alcançam 19%, com aumento da emissão dos botões florais, tornando-as mais sensíveis ao estresse hídrico. A reposição de umidade é urgente para não ocorrer o abortamento floral. As perdas de produtividade da soja no Rio Grande do Sul já são apontadas e são distintas entre as regiões, dependendo da distribuição e dos volumes irregulares das chuvas.

Avalia-se uma redução na produtividade nas regiões administrativas de Bagé, Ijuí, Pelotas e Santa Maria. Nas outras regiões administrativas da Emater-RS, os danos na soja gaúcha não são significativos até o momento. No entanto, há necessidade de cautela com essas estimativas, pois podem ser revertidas, dependendo da capacidade de recuperação da cultura, ou ainda aumentar, caso se prolongue o período seco.

Monitoramento de pragas na produção

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Foto: Canal Rural Mato Grosso

A principal prática de manejo consiste no controle de ervas daninhas de modo a evitar a competição por água e nutrientes. O monitoramento de pragas é voltado principalmente para ácaros, insetos beneficiados por condições de clima seco e quente. É crescente o número de produtores que estão adotando a pulverização com drones, seja adquirindo o equipamento, seja contratando as empresas que prestam o serviço.

Como as pulverizações são realizadas com baixo volume de calda por hectare, recomenda-se atenção para as condições de temperatura e umidade relativa para evitar perdas das gotas por evaporação. O mesmo cuidado deve ser tomado para as aplicações com baixo volume, realizadas por pulverizadores de barras tratorizados ou autopropelidos.

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