Soja Brasil

Preços da soja aumentam e comercialização ganha ritmo com altas de Chicago e dólar

Em Cascavel, saca teve valorização de R$ 7

Monte de soja em grão formando mapa do Brasil. Sobre ele, três notas de 50 reais. Ao redor, moedas de diversos valores
Fechamento da soja no mercado doméstico. Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Os preços da soja apresentaram bons ganhos nesta quinta-feira (11) no mercado brasileiro. A comercialização ganhou ritmo. A melhora nos negócios foi determinada pela
combinação de dólar em elevação e de forte valorização dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago.

Veja as cotações nas principais praças

  • Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 183,50 para R$ 186,50

  • Região das Missões: a cotação avançou de R$ 183,00 para R$ 186,00

  • Porto de Rio Grande: o preço aumentou de R$ 189,00 para R$ 192,00

  • Cascavel (PR): o preço passou de R$ 180,50 para R$ 187,50

  • Porto de Paranaguá (PR): a saca valorizou de R$ 190,00 para R$ 194,00

  • Rondonópolis (MT): a saca subiu de R$ 171,00 para R$ 173,00

  • Dourados (MS): a cotação avançou de R$ 171,00 para R$ 175,00

  • Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 167,00 para R$ 170,00

Soja em Chicago

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Contratos futuros da soja em Chicago fecharam em alta

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. Na véspera do relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a alta do petróleo, a preocupação com o clima no Meio Oeste norte-americano e a alta do dólar sustentaram as cotações.

Os analistas se posicionaram frente ao relatório. O Departamento deve reduzir a sua estimativa para a safra e os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2022/23. Os estoques para 2021/22 deverão ser elevados.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,471 bilhões de bushels em 2022/23. Em julho, a previsão ficou em 4,505 bilhões de bushels. No ano passado, a safra somou 4,435 bilhões de bushels.

Para os estoques finais, o mercado indica número de 227 milhões para a temporada 2022/23 e de 228 milhões para 2021/22. Em julho, a previsão do USDA era de 230 milhões e 215 milhões, respectivamente.

Em relação ao quadro de oferta e a demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 99,2 milhões de toneladas, contra 99,6 milhões estimados em junho. Para 2021/22, a aposta é de estoques subindo de 88,9 milhões para 88,7 milhões de toneladas.

Subprodutos

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Foto: United Soybean Board/CCommons

O USDA anunciou hoje ainda a venda de 103.400 toneladas de farelo para o México. As exportações semanais americanas somaram 410.500 toneladas. O mercado apostava em número entre 200 mil e 900 mil toneladas.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 11,25 centavos de dólar por bushel ou 0,74% a US$ 15,20 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,48 1/2 por bushel, com ganho de 20,75 centavos ou 1,45%.

Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 6,90 ou 1,53% a US$ 456,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 69,30 centavos de dólar, com alta de 1,92 centavo ou 2,84%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em alta de 1,41%, cotado a R$ 5,1600. A moeda ganhou força devido às novas incertezas fiscais domésticas com o aumento de 18% aos ministros e servidores do judiciário, além de um movimento de correção.