Soja Brasil

Preços da soja caem em todas as praças pela queda de Chicago e do dólar

Nos contratos futuros, possibilidade de os EUA reduzir a mistura de biocombustíveis na gasolina e no diesel puxaram os números para baixo

A terça-feira foi de preços da soja recuando nominalmente e praticamente travados em termos de negócios no mercado físico brasileiro. A combinação de queda dos contratos futuros em Chicago com a desvalorização do dólar afastou os negociadores.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 170,50 para R$ 169,50

– Região das Missões: a cotação recuou de R$ 171,00 para R$ 169,00

– Porto de Rio Grande: o preço passou de R$ 176,00 para R$ 174,00

– Cascavel (PR): o preço passou de R$ 166,00 para R$ 164,00

– Porto de Paranaguá (PR): a saca passou de R$ 171,00 para R$ 169,50

– Rondonópolis (MT): a saca baixou de R$ 155,00 para R$ 154,00

– Dourados (MS): a cotação passou de R$ 157,00 para R$ 155,00

– Rio Verde (GO): a saca recuou de R$ 155,00 para R$ 153,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. Os agentes seguiram se posicionando frente ao relatório que será divulgado na quinta pelo USDA e avaliaram ainda as especulações sobre a política a ser adotada pelo governo americano para o setor de biocombustíveis.

Entre as expectativas, há a que o governo reduzirá a mistura de biocombustíveis na gasolina e no diesel, demandando menos biodiesel e etanol. Em contrapartida, a administração Biden estaria liberando subsídios ao setor.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve elevar a sua estimativa para os estoques de passagem de soja dos Estados Unidos em 2021/22. O relatório de dezembro do  Departamento será divulgado na quinta (9), às 14hs.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 353 milhões de bushels, contra 340 milhões de bushels indicados no relatório de novembro.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 104,3 milhões de toneladas, contra 103,8 milhões estimados em novembro. Para 2020/21, a previsão deverá subir de 100,1 milhões para 100,4 milhões de toneladas.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 123 mil toneladas de soja em grão para destinos não revelados, a serem entregues na temporada 2021/22.

Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 11,25 centavos de dólar por bushel ou 0,89% a US$ 12,50 1/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 12,58 1/4 por bushel, com perda de 8,25 centavos ou 0,65%.

Nos subprodutos, a posição janeiro do farelo fechou com baixa de US$ 2,90 ou 0,82% a US$ 349,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 57,10 centavos de dólar, com baixa de 0,76 centavo ou 1,31%.

Câmbio

O dólar comercial fechou em R$ 5,6190, com queda de 1,29%. A moeda norte-americana perdeu força com o ambiente global de apetite ao risco, além do otimismo com a variante Ômicron, que aparenta ser menos letal do que as anteriores.