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Queda na cotação da soja é momentânea, tendência é de alta, diz analista de mercado

Segundo a consultoria StoneX, a melhoria do clima nas lavouras de soja Argentina fizeram os operadores realizarem lucros e, assim, as cotações recuaram na Bolsa de Chicago

As cotações da soja caíram três dias seguidos nesta semana na Bolsa de Chicago e voltaram a operar abaixo dos US$ 14 por bushel. Isso se deve a melhoria do clima na América Latina, mais especificamente na Argentina. Segundo a consultoria StoneX, apesar das quedas a tendência para os preços é de alta.

“Nesta semana tivemos algumas realizações de lucros na Bolsa de Chicago, principalmente por conta das boas previsões climáticas para a Argentina, que estava sofrendo mais com o clima mais do que o Brasil. As lavouras em boas condições argentinas estão abaixo dos 30%. O mercado vinha precificando um problema maior por lá, mas com algumas chuvas registradas nesta última semana e a previsão de novas instabilidades, diminuiu isso e, o mercado acabou realizando lucros e por isso as cotações passaram a trabalhar abaixo dos US$ 14 por bushel”, diz o analista Jonas Pizzatto.

Segundo o analista, apesar dos recuos atuais a tendência não é de queda nos preços, ainda mais levantando em consideração os estoques mundiais apertados e a demanda crescente da China.

“Quando olhamos para o mercado internacional, a China teve um grande problema com a peste suína africana e já tem se recuperado bem disso. A tendência é que eles aumentem ainda mais o plantel, buscando a autossuficiência nos próximos anos. E isso vai manter a demanda por soja bastante elevada. Isso nos dá a expectativa de que o preço da soja seguirá firme”, diz.

No Brasil, a perspectiva de Pizatto também é de preços em patamares acima da média.

“No mercado interno brasileiro o consumo deve ficar na casa dos 48 milhões de toneladas, também uma demanda aquecida, o que nos deixa otimista em relação aos preços. Ou seja, se há demanda crescente e estoques curtos, os preços acabam subindo, por isso vimos a cotação passar de US$ 9 por bushel, para US$ 14 por bushel, em poucos meses”, finaliza ele.

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