Soja Brasil

Santa Catarina será a sede da Abertura Nacional do Plantio da Soja 21/22

O evento será no dia 30 de setembro, em Campos Novos (SC) e marca as dez safras do Projeto Soja Brasil

Marco do setor e um dos eventos mais esperados por sojicultores de todo o país, a Abertura Nacional do Plantio da Soja 2021/2022 será realizada em Campos Novos, Santa Catarina, em 30 de setembro, na Fazenda São João. Para acompanhar cada minuto desse grande acontecimento, o Projeto Soja Brasil, uma realização do Canal Rural e da Aprosoja Brasil, fará a transmissão ao vivo a partir das 9h (horário de Brasília) e em sistema multiplataforma na televisão, no site e nas redes sociais. Vale ressaltar que esse será um evento especial, já que o Projeto Soja Brasil está completando dez temporadas.

A exemplo do que ocorreu no ano passado, o público esperado será menor do que o das edições anteriores por conta da necessidade de distanciamento social provocado pela pandemia do coronavírus. Entretanto, engana-se quem pensa que o tradicional e aguardado enfileiramento de plantadeiras não acontecerá. As máquinas estarão a todo vapor para colocar as sementes de soja no solo e dar a largada para a safra 2021/2022.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Estado de Santa Catarina (Aprosoja-SC), Alexandre Di Domenico, a expectativa é receber entre 350 e 400 pessoas. “Esperamos ter a presença do presidente da República, da ministra da Agricultura, de autoridades nacionais e estaduais ligadas ao agro e lideranças do setor. Os presidentes estaduais das 16 Aprosojas, assim como as diretorias e toda parte executiva da entidade também estará presente”, conta.

A Abertura Nacional do Plantio da Soja 2021/2022, em Santa Catarina, vai acontecer em um estado com modelo peculiar de produção, amparado em cooperativas e no uso do grão para abastecimento majoritariamente interno. “Santa Catarina é um grande consumidor de soja e de milho em função da agroindústria. Temos o maior rebanho de suínos e o segundo maior de frangos do país, além de sermos a quinta maior bacia leiteira do Brasil. Então, toda essa produção de proteína animal é à base de ração, feita com o farelo da soja e do milho”, explica o presidente.

Ainda assim, de acordo com ele, também há embarque da oleaginosa no estado. “Contamos com duas esmagadoras no estado para a produção de óleo. Somos um estado muito dinâmico onde a pequena propriedade funciona e faz com que tenhamos produções diferenciadas, com um modelo um pouco diferente do que no resto do país, mas que funciona bem e que gera resultados no campo”, sintetiza.

Números catarinenses

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) dão conta de que na safra 2010/2011, a área plantada de soja em Santa Catarina era de 458,2 mil hectares e em 2020/2021, o número saltou para 696,3 mil hectares, um aumento de 52% em dez anos. Nada mal para o estado que ocupa apenas a vigésima colocação entre os maiores do país.

“No ano passado, nossa produção média ficou em torno de 3.800 quilos por hectare. Tivemos seca, problemas com estiagem e não foi uma safra recorde, mas já contamos com lavouras batendo 80 sacas por hectare”, conta.

Sobre o aumento de área em uma década, Domenico credita à integração agricultura-pecuária. “Abrimos algumas regiões novas. Onde era pastagem, virou lavoura. Essa é uma realidade que mostra esse crescimento, mas, ainda assim, é um estado onde é difícil ter incremento elevado porque não temos mais áreas para crescer porque nosso litoral é muito extenso. Temos soja apenas na Região do Meio-Oeste, Região Serrana e Planalto Norte. Campos Novos, onde acontecerá a Abertura Nacional do Plantio, é o maior produtor de soja do estado de Santa Catarina”, explica o presidente da Aprosoja-SC.

De acordo com ele, o forte cooperativismo em Santa Catarina, parte da cultura dos catarinenses e do dia a dia das pessoas do campo, é uma das grandes ferramentas que fizeram com que o produtor aumentasse a produção e a capacidade de gerir seus negócios.

Estimativas da Aprosoja-SC apontam para que a safra 2021/2022 da oleaginosa no estado gire em torno de 2,5 milhões de toneladas.