Soja Brasil

Soja: dólar, Chicago e prêmios em alta elevam mercado físico

Para analista, produtor está retraído e negocia apenas o essencial, apostando em alta ainda mais consistente

A trajetória de alta dos preços físicos da soja teve continuidade nesta sexta, com indicações de até R$ 204,00 no Rio Grande do Sul. Com Chicago, dólar e prêmios subindo, as cotações avançaram nas principais praças do país.

Mas a comercialização seguiu lenta, com cerca de 50 mil toneladas trocando de mãos, segundo a consultoria Safras & Mercado. “O produtor está retraído e negocia apenas o essencial, apostando em alta ainda mais consistente”, explica o analista Evandro Oliveira.

– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 200,00 para R$ 202,00

– Região das Missões: a cotação passou de R$ 199,00 para R$ 200,00

– Porto de Rio Grande: o preço avançou de R$ 197,00 para R$ 198,00

– Cascavel (PR): o preço aumentou de R$ 188,00 para R$ 191,00 a saca

– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 193,00 para R$ 196,00

– Rondonópolis (MT): passou de R$ 179,00 para R$ 181,00

– Dourados (MS): a cotação subiu de R$ 179,00 para R$ 182,00

– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 177,50 para R$ 180,00

Soja em Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira (4) com preços mais altos para o grão e o farelo e mais baixos para o óleo. Os fundamentos seguiram dando sustentação ao mercado, mas o movimento foi limitado por ações de realização de lucros antes do final de semana.

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Foto: Iagro

O acumulado semanal foi positivo, com ganhos de 5,68% na posição março. A boa demanda pela soja americana e o prejuízo no potencial produtivo da América do Sul por conta do clima seguem sendo fortes fatores de sustentação.

Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 295.000 toneladas de soja em grão para destinos não revelados. Do total, 252 mil toneladas serão entregues na temporada 2021/22 e 43 mil toneladas na temporada 2022/23.

Para a próxima semana, a atenção se volta para o relatório de fevereiro do USDA, que será divulgado na quarta (9). O mercado espera por cortes nas estimativas de safra do Brasil e da Argentina.

Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 9,25 centavos de dólar por bushel ou 0,59% a US$ 15,53 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 15,57 1/2 por bushel, com perda de 10,50 centavos ou 0,67%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 6,80 ou 1,55% a US$ 443,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 65,36 centavos de dólar, com baixa de 0,59 centavo ou 0,22%.

Câmbio

O dólar fechou em R$ 5,3240, com alta de 0,54%. O driver do dia foram os resultados expressivos do payroll, um dos principais termômetros do emprego nos Estados Unidos, que além de apontarem uma recuperação econômica, também aumentam as expectativas para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciar o início do aumento dos juros na próxima reunião, em março.