Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira, 31, com preços em forte alta. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu ao indicar área americana abaixo do esperado, provocando limite de alta na maioria das posições.
Os contratos da soja em grão com entrega em maio fecharam com alta de 70 centavos de dólar por libra-peso ou 5,12% a US$ 14,36 por bushel. A posição julho teve cotação de US$ 14,27 por bushel, com ganho de 70 centavos ou 5,15%.
Nos subprodutos, a posição maio do farelo subiu US$ 25 ou 6,27% a US$ 423,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 52,92 centavos de dólar, ganho de 2,46 centavos ou 4,87%.
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Segundo a Safras & Mercado, com a expressiva valorização desta quarta, os contratos com entrega para maio zeraram as perdas acumuladas até agora e fechou março com alta de 2,45%. No trimestre, a elevação da posição mais negociada foi ampliada para 9,71%.
USDA surpreende com área de soja
O peso das cotações veio a partir dos dados sobre plantio divulgados pelo USDA. A área a ser plantada com soja nos Estados Unidos em 2021 deverá cobrir 35,4 milhões de hectares (87,6 milhões de acres) , conforme o relatório de intenção de plantio do departamento.
Se confirmada, a área ficará 5% acima do total cultivado no ano passado. O número ficou abaixo da expectativa do mercado, que era de 31,01 milhões de hectares (89,99 milhões de acres). Os dados também vieram abaixo da área indicada no Fórum Anual do Departamento, realizado em fevereiro, de 36,4 milhões de hectares (90 milhões de acres).
Já os estoques trimestrais de soja em grão dos Estados Unidos, na posição 1º de março, totalizaram 4,2 milhões de toneladas (1,56 bilhão de bushels). O volume estocado recuou 31% na comparação com igual período de 2020. O número ficou dentro da expectativa do mercado.
Preços da soja no Brasil
O mercado brasileiro de soja teve um dia agitado nesta quarta-feira, com preços subindo bem e melhora na
movimentação. A alta expressiva dos contratos futuros em Chicago elevou os referenciais internos e trouxe os negociadores ao mercado.
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Cerca de 500 mil toneladas trocaram de mãos no país hoje, sendo 200 mil no Paraná e 150 mil no Rio Grande do Sul. Houve negócios também no Mato Grosso do Sul e em São Paulo.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 164 para R$ 171. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 163 para R$ 170. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 170 para R$ 175.
Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 159 para R$ 166 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 169 para R$ 175.
Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 161 para R$ 166. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 153 para R$ 156,50. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 157 para R$ 162.
Dólar
O dólar comercial encerrou a sessão com baixa de 2,24%, sendo negociado a R$ 5,6290 para venda e a R$ 5,6270 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6230 e a máxima de R$ 5,7700. No mês, o dólar subiu 0,48% ante o real e acumulou ganho de 8,48% no trimestre.
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