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Tudo pronto: Santa Catarina pode ver produção de soja crescer 7% nesta safra

O estado deve começar a plantar sua soja já a partir do dia 10 de outubro. Preços da saca em alta e custos em baixa podem melhorar rentabilidade

Os preparativos para o plantio de soja estão à todo vapor em Santa Catarina. Os produtores estão com boas expectativas de rentabilidade, puxadas pelos bons preços pagos pela saca. Com isso, cresce também a previsão de produção total no estado, que pode ficar até 7% maior.

Na propriedade de Oilson João Wagner, na região de Campos Novos (SC), os preparativos para o plantio da soja estão adiantados, já que o produtor está animado com a possibilidade de ter bons ganhos com a cultura nesta safra.

“A expectativa é de ter um ganho razoável nesta safra. A commodity subiu muito e o preço dos insumos estava mais baixo em março, quando gosto de comprar. Agora, está equiparando e estamos aguardando. Mas mantenho a minha perspectiva de produtividade e a minha intenção de plantio de 400 hectares de soja para esta safra”, diz.

Para garantir a rentabilidade esperada com o plantio, o planejamento se torna uma arma importante do produtor rural. O engenheiro agrônomo Diego de Marco Flório destaca três pontos fundamentais para isso.

“O planejamento da área para ser semeada na época mais certa, de acordo com o ciclo de cada cultivar. A velocidade de plantio que está ligado ao espaçamento entre plantas e a qualidade de emergência dessa lavoura. E, por fim, também a escolha de uma cultivar adaptada com o ciclo correto para cada região”, afirma ele.

Em Santa Catarina, a soja deve alcançar uma produção de mais 2,456 milhões de toneladas, crescimento de 7%, em relação ao ano passado, segundo a Epagri.

“Nos últimos seis anos, tivemos mais de 200 mil hectares de incremento da área, chegando a safra 2020/2021 em 687 mil hectares cultivados, com prognóstico de elevação nas atualizações. A expectativa é boa para a safra. Estamos com os preços fortalecidos. A maior parte do plantio acontece dia 10 de outubro em diante, é o marco nas regiões de Xanxerê até o extremo oeste, São Miguel do Oeste”, afirma o analista de pesquisa da epagri/cepa Haroldo Tavares Elias.

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