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Aliança da Soja

Grande produtor terá de procurar crédito fora do Plano Safra, diz Farsul

Para o economista-chefe da entidade, aumento dos custos de produção levarão agricultores ao mercado de capitais

Apesar do aumento no volume ofertado pelo novo Plano Safra, o desafio para o agricultor será maior, de acordo com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

Para a entidade, dois fatores contribuem para este cenário, demandando mais crédito: a alta no custo de produção e o aumento de área plantada.

“É um Plano Safra que reflete a realidade do momento. É um plano que aumenta em 36% o valor do crédito, o que está dentro do que esperávamos. Imaginávamos algo em torno de 320 e 350 [bilhões de reais] e veio 341 bilhões, valor dentro da expectativa, mas temos de considerar os custos de produção”, reforça o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz.

Segundo ele, a inflação dos custos de produção acumulada em 12 meses está em 44%. “Então falta 8% para termos a mesma quantidade de crédito oficial, crédito dentro do Plano Safra, para manter a mesma área do ano anterior. Além do mais, temos uma situação em que estamos vendo um aumento de área plantada, sobretudo dos sojicultores”.

Produção de soja

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Foto: CNA/divulgação

O economista da Farsul lembra que as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para teto de 10 milhões de toneladas de soja a mais na próxima safra.

Segundo ele, tal incremento faz com que seja necessário uma parcela maior de recursos fora do Plano Safra, principalmente pelo mercado de capitais. “Mas é um Plano Safra coerente. Se fôssemos separar hoje [os recursos] da agricultura empresarial, a maior parte são livres, ou seja, produtores, bancos e, cooperativas de crédito acertam o juro livremente, sem nenhum controle do governo e sem o governo colocar um centavo”, esclarece.

Seguro do Plano Safra

Foto: Divulgação/Governo Federal

Luz considera que, diante do atual cenário e na falta de recursos, o governo está focando no pequeno e médio produtor. “Assim, os demais, englobados na maior parte do volume disponível, R$ 250 bilhões, vão ter de buscar cada vez mais recursos livres de bancos, cooperativas de crédito e no mercado de capitais […]. Esse é o caminho do futuro do crédito”.

Para o economista, o novo Plano Safra é positivo para a realidade atual e a questão do seguro surpreendeu positivamente. “O seguro aumentou de um bilhão para dois bilhões [de reais]. Estávamos esperando, na melhor das hipóteses, 1,8 bilhão, e isso foi ótimo porque os sojicultores da região Sul do Brasil e Mato Grosso do Sul, que fizeram o seguro na safra 22 estão tendo uma performance financeira bem melhor do que aqueles que não fizeram. Então o seguro mostrou o seu valor e, dada a sinistralidade, o programa entrou em risco de continuidade e o governo deu um sinal muito claro: o seguro é para valer“, conclui.

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