Até agora, 17,4% da área destinada à soja foi colhida em Mato Grosso, o que representa um atraso de cerca de 7% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Além disso, a umidade da soja tem provocado perdas na produção, que já chegam a 1,7% do total estimado para esta safra, de mais de 24 milhões de toneladas.
Porém, os especialistas alertam que não foram apenas as chuvas de verão que provocaram essas perdas no campo. A antecipação das lavouras de primeira safra prejudicou a colheita. Ainda segundo o Imea, em janeiro de 2012, havia 78% mais áreas de soja prontas para ser colhidas na comparação com o mesmo período de 2011.
O excesso de chuvas é normal para esta época do ano, já que a média climatológica de chuva para as principais regiões produtoras, como Rondonópolis (MT), Tangará da Serra (MT) e Lucas do Rio Verde (MT) está entre 300 milímetros (mm) e 350mm. Em cada uma dessas cidades, os últimos 30 dias tiveram chuvas dentro do esperado.
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Segundo meteorologistas da Somar, as chuvas diminuíram neste início de mês em Mato Grosso, pois o canal de umidade da Amazônia se deslocou um pouco mais para o sul e começou a provocar chuvas mais intensas entre o Mato Grosso do Sul e o Paraná. Mesmo assim, as chuvas não cessaram completamente no Estado, onde ainda ocorrem pancadas de chuvas em boa parte das regiões.
Até o início da próxima semana, as chuvas mais intensas acontecem no extremo norte de Mato Grosso com acumulados de até 50mm.
– A partir da próxima semana, com o avanço de uma frente fria para o litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, volta a aumentar a nebulosidade e a incidência de chuvas em Minas Gerais, Goiás e também em Mato Grosso – explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury.
Os volumes acumulados variam dos 30mm aos 50mm até o dia 23 de fevereiro e passam dos 70mm na última semana do mês.
