DuPont Colheita Farta mostra trajetória de Francisco Biazi, de Caarapó (MS)

Produtor saiu de São Paulo e hoje cultiva soja em Mato Grosso do SulO produtor Francisco Biazi saiu de São Paulo em 1942 e foi para Caarapó, em Mato Grosso do Sul. Um ano depois, com apenas 12 anos de idade, começou a trabalhar com os irmãos na agricultura. Chegou a cultivar café, mas no final da década de 1970 passou a investir em soja e agora já são mais de 5,3 mil hectares plantados.

— Eu estava em São Paulo, com a molecada, e o pai mandou arrumar as roupas dele que ele ia para Mato Grosso do Sul — afirma o produtor.

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E foi assim, desde muito jovem, que ele passou a desbravar as terras de Mato Grosso, longe dos pais e dos amigos que ficaram em São Paulo, na lavoura de algodão.

— Eu tinha 11 anos quando fui para Mato Grosso do Sul. Fui porque meus tios tinham ido. Cheguei a construir casas de sapé — diz Biazi.

Sem estrutura na época, Biazi fazia tudo manualmente. No início dos anos 1950, mais uma dificuldade: um incêndio destruiu a casa de Biazi.  Então, mais uma vez, ele precisou recomeçar.

— Queimou tudo. Tive que pedir para prorrogar as dívidas por mais um ano.

Com mais alguns anos de trabalho, Biazi conseguiu se reerguer e nos anos 1970 começou a plantar soja.

— Logo que começou a soja em Mato Grosso do Sul eu também comecei a plantar.

Logo depois, os filhos também começaram a ajudar na lavoura de soja. Então, começava uma nova fase da família Biazi. E começou também a fase de implantação de novas tecnologias na lavoura.

—É muita tecnologia nova. Todo ano renovamos as máquinas — diz Francisco Biazi Filho.

O manejo na lavoura é cada vez mais eficaz, mesmo quando o clima não ajuda.

— Está sob controle, mas a falta de chuvas atrapalha um pouco — comenta Filho.

Nesta safra, a região passou por um grande período de estiagem nos meses de dezembro e janeiro, o que pode afetar em cerca de 30% a produção de soja. Só que na propriedade da família Biazi, eles vêm trabalhando com a agricultura de precisão há cerca de cinco anos, o que pode reduzir os efeitos da seca.

Outro cuidado que evita a perda na lavoura está na escolha dos produtos para o combate às doenças.

— Temos vários produtos utilizados no combate à ferrugem, que hoje é uma doença que preocupa. Entre eles, temos o Aproach, que funciona muito bem. O controle é muito bom, desde que aplicado corretamente, o controle é excelente — explica o agrônomo João Valdir Bacher.

Eles não têm gerente, nem administradores na fazenda. Fazem questão de estar diariamente na lavoura e, agora, os netos de Biazi também já seguem os passos do avô.

— Estou acompanhando desde novo e hoje já faço tudo na fazenda — afirma o estudante de agronomia Marco Antônio Biazi, neto de Francisco.

Plantio direto
Semeadura iniciada em 20/09/2012
Área plantada: 5,3 mil hectares
Colheita: 25/01/2013
Produtividade esperada: 40 sacas por hectare
Maior desafio: clima

Fotos: confira os bastidores da gravação