Lagarta helicoverpa causa prejuízo em lavouras de soja da Bahia

Em fórum realizado em Luís Eduardo Magalhães (BA), produtores discutiram estratégias de controle da lagarta ainda pouco conhecida na regiãoA helicoverpa, ou como é conhecida, lagarta da espiga do milho, uma praga que até bem pouco tempo não preocupava os produtores rurais, passou a ser um problema sério, principalmente nas lavouras de soja e algodão. Na Bahia, ela está causando grandes prejuízos à lavoura.

As lavouras se estendem pelo oeste baiano, a partir da divisa com os Estados de Tocantins  e Goiás. Somente de soja, a área chega a 1,3 milhão de hectares. A de algodão ultrapassa os 280 mil hectares. Em ambas as culturas, o ataque da lagarta helicoverpa, um problema que começou na safra passada.

Em uma das fazendas do produtor Julio Busato, que  há 25 anos planta na região, as folhas não denunciam o problema, mas é só procurar nas vagens  para entender por que essa lagarta passou a ser o pesadelo dos produtores rurais.

E a praga age da mesma forma na planta do algodoeiro. Em uma lavoura, há poucos dias foi feita uma pulverização de combate, mas a lagarta é difícil. Foi só procurar um pouco que encontramos vários exemplares  nas flores e nas maças do algodão.

Várias aplicações geram mais custo. A estimativa na região é de que a lagarta cause um prejuízo na casa dos R$ 300 milhões.

A situação ficou tão séria na lavoura que os produtores rurais decidiram que era hora de tomar uma atitude mais enérgica. No começo do mês, um grupo técnico foi para a Austrália, país onde a helicoverpa há 10 anos é controlada. O movimento culminou com em um encontro para definir estratégias de combate à praga.

A presença de mais de 1,2 mil pessoas reflete a gravidade do problema, que se manifesta  também em outros Estados brasileiros produtores de grãos. Durante o encontro, membros da Missão Austrália relataram como a helicoverpa foi controlada no país. Para a Bahia, foi apresentada uma proposta de um plano de manejo da praga.

Os palestrantes e pesquisadores, indistintamente, reforçaram a necessidade de que a ação de combate seja  coletiva e uniforme. Para exemplificar, que as várias fazendas do oeste baiano sejam vistas como uma só. E ainda com a participação dos governos neste processo.

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