Municípios sem tradição na agricultura aumentam produção de soja no norte de Mato Grosso

Na região, acostumada com a pecuária, área destinada à lavoura será 48% maior nesta safraA expedição Soja Brasil passou, em sua primeira etapa, pelo norte de Mato Grosso, última fronteira da soja dentro do Estado. Na região, municípios sem tradição na agricultura mostram crescimento na lavoura. A área nesta safra será 48% maior, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agrícola (Imea).

Ao andar pelas estradas no interior do município de Cláudia (MT) ainda se tem a experiência de cruzar longos trechos em meio à mata. Não raro se vê animais silvestres entre as árvores. A atividade madeireira foi a primeira base da economia dos municípios, depois veio a pecuária extensiva. Mas há cinco anos a paisagem começou a mudar. 

O que se vê muito nesta região são lavouras de soja e logo na beira uma cerca. É a indicação clara de que aqui o pasto virou lavoura. Em uma área, que vai produzir grãos pelo segundo ano, o dono, Sadi Perondi, pecuarista convicto, decidiu no ano passado plantar 120 hectares de soja para reformar as pastagens. A produtividade média foi de 55 sacas por hectare. Ele gostou do negócio, comprou maquinário novo e nesta safra ampliou a lavoura para 310 hectares.

Celso Perondi, irmão de Sadi, é outro exemplo. Há três anos tirou os bois do pasto e transformou tudo em lavoura. São 400 hectares de soja e na safrina, milho. Segundo ele,  a rentabilidade chega a ser 70% maior com os grãos.

Assim como seu Celso, 90% dos pecuaristas de Claudia trocaram de atividade. Uma tendência que tem se observado nos últimos dois anos em todo o norte de Mato Grosso. Nesta safra, a área plantada será de 128 mil hectares na região, considerada a última fronteira da soja no Estado.

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