Milho

Consultoria eleva produção do milho 2ª safra no Centro-Sul

Incremento em Mato Grosso e Goiás fez com que a AgRural elevasse a safra de 53,3 milhões de toneladas para 53,6 milhões de toneladas

milho
Foto: Pixabay

A consultoria AgRural revisou nesta sexta-feira, 6, sua projeção do milho segunda safra para 53,6 milhões de toneladas no Centro-Sul do país, ante estimativa de 53,3 milhões de toneladas no fim de maio.

O aumento de 263 mil toneladas em relação à estimativa passada deve-se a incrementos na produção estimada para Mato Grosso e Goiás, que mais do que compensam os novos cortes feitos nos demais estados da região.

Apesar dessa nova projeção, a queda em relação à safra passada, quando o Centro-Sul produziu 63,5 milhões de toneladas, ainda é de significativos 15,6%. Esse recuo é resultado de uma redução de 5,2% na área plantada (para 10,3 milhões de hectares) e de uma diminuição de 10,9% na produtividade (para 86,3 sacas por hectare).

O menor rendimento das lavouras foi causado pela falta de chuvas regulares a partir de abril em algumas áreas, localizadas principalmente em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Brasil

O número da AgRural para o Centro-Sul combinado à estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o Norte e Nordeste, indica uma produção brasileira de milho safrinha em 57,1 milhões de toneladas, ante 57 milhões na projeção anterior e 67,4 milhões de toneladas em 2017.

A produção total de milho 2017/2018, com a primeira e segunda safra somadas, é calculada agora em 83,8 milhões de toneladas, ante 97,8 milhões no ciclo 2016/2017.

Colheita
Puxada por Mato Grosso, a colheita da safrinha 2018 de milho chegou na quinta-feira, dia 5, a 16% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil. O número representa avanço de seis pontos sobre os 10% da semana passada, mas é inferior aos 24% de um ano atrás e aos 20% da média de cinco anos.

O atraso no plantio e a umidade ainda elevada do milho em parte das áreas prontas explicam o atraso da colheita. Além disso, muitos produtores estão sem pressa de colher, já que o mercado está lento. Mato Grosso lidera, com 33%, seguido de longe por Goiás (6%), Mato Grosso do Sul (4%), São Paulo e Minas Gerais (2% cada) e Paraná (1%).