Os contratos futuros das commodities agrícolas fecharam o pregão desta sexta, dia 28, em campos opostos na bolsa de Chicago, com os investidores demonstrando pouco ímpeto para assumir riscos após a volatilidade dos últimos dias.
O mercado operou dentro de patamares apertados de preços, com a soja para novembro fechando com alta de 7 pontos, a US$ 8,86; o milho para dezembro recuando 1 centavo, a US$ 3,74; e o trigo para dezembro baixando 6 pontos, para US$ 4,84.
Segundo a AGR Brasil, a cotação da soja se recuperou da forte queda registrada na segunda, dia 24, mas a sua manutenção dependerá do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
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– A mínima registrada na segunda-feira, de $8,55 para o contrato de novembro de soja, fica agora como um marco para o mercado. Se este marco será ou não rompido, vai depender da performance da safra nas próximas semanas, no que o USDA irá relatar no dia 11 de setembro em relação à oferta e demanda nos Estados Unidos e também o ritmo da demanda para a soja americana nas próximas semanas – diz trecho do relatório.
A AGR Brasil estima que as exportações americanas devem ficar entre 4 milhões e 6 milhões de toneladas abaixo do previsto pelo USDA, o que poderia elevar s estoques para mais de 16 milhões de toneladas até o começo de 2016.
Neste cenário, os fundos de investimentos reduziram suas posições de compra nos contratos de milho, soja e trigo, nivelando com as posições vendidas. A expectativa é de que eles operem com cautela antes do relatório do USDA.
– Caso o relatório confirme um nível de produtividade acima de 46 bushels por acre (em torno de 51 sacos por hectare) para a produção nacional [Estados Unidos], os fundos podem decidir entrar vendendo com mais convicção, almejando testar o nível de venda que testemunhamos no início de junho, quando especuladores assumiram posição vendida de pouco mais de 100 mil contratos. Caso os fundos realmente decidam entrar pesado no lado da venda novamente, os preços de soja podem caminhar rumo aos US$ 8 o bushel nos próximos 30 a 45 dias, na busca de maior demanda para a soja norte americana – diz a AGR Brasil.
Para a próxima semana, diante da expectativa de clima seco e quente nos Estados Unidos, os fundos devem voltar a comprar contratos de soja, embora de forma cautelosa.
– Trabalhamos com um alvo de US$9 a US$9,20 para próximas recomendações de venda – diz a consultoria.
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