Fiscais agropecuários paralisarão parte dos serviços durante a Expointer

Um terço das atividades não será feito, principalmente as que ocorrem durante o turno da noite, diz Afagro-RS

Fonte: Bruna Essig/Canal Rural

A Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro-RS) definiu que um terço das atividades de fiscalização realizadas na Expointer serão paralisadas, principalmente as que ocorrem no turno da noite, em protesto contra o parcelamento de salários atrasados pelo estado.

– A vontade da categoria, com o momento em que vivemos, é de paralisar em 100%. Entretanto, em respeito ao produtor rural e aos animais, principais atores da feira, iremos manter a agenda conforme deliberações do comando de mobilização – afirmou o presidente da Afagro, Antonio Auguto Medeiros.

Ele informou também que os fiscais não participarão dos julgamentos de animais durante a exposição. E no dia 4 de setembro, no dia da abertura oficial da feira, os fiscais realizarão Ato de Mobilização com caminhada pelo parque.

– Queremos mostrar aos visitantes da feira os problemas enfrentados pelos servidores em função da insegurança no que diz respeito ao recebimento dos salários – disse Medeiros.

Os fiscais agropecuários gaúchos decidiram pela greve na terça passada, dia 18, em Assembleia Geral. Ele já tinham paralisado os serviços de inspeção em frigoríficos na sexta, dia 21. Na ocasião, 5 mil animais deixaram de ser abatidos.

Eles afirmam ainda que caso o parcelamento dos vencimentos do funcionalismo seja confirmado, os fiscais estaduais realizarão paralisação em todo o Rio Grande do Sul entre os dias 1 e 4 de setembro, respeitando a permanência de 30% dos trabalhadores em atividade.

Motivo

Esta não é a primeira vez que os fiscais agropecuários decidem por entrar em greve. No começo do mês, a categoria decidiu paralisar as atividades para protestar contra o parcelamento do pagamento dos salários referentes ao mês de julho, que será feito em três parcelas, até o dia 25 de agosto.

O parcelamento foi anunciado no final do mês passado pelo governo do estado, que informou que “sem alternativas para superar o déficit crescente dos últimos meses e com a arrecadação aquém das projeções, precisou escalonar o pagamento”.