Grãos: não há evidência de queda de produtividade nos Estados Unidos

Boletim da AGR Brasil mantém previsão baixista para o consumo global de milho

Fonte: Pietro Grosso

A AGR Brasil começa esta semana destacando o contrato de milho para dezembro, que fechou a última semana em baixa de US$ 0,08, logo após tocar o ponto mais baixo do verão norte-americano. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) chocou grande parte do mercado, trazendo um aumento da produtividade do cereal (168,8bushels/acre), confirmando a indicação da AGR de que as precipitações em junho não determinam o rendimento da safra dos EUA

Segundo a consultoria, ao contrário, é a umidade do solo e as temperaturas de julho que serão os protagonistas deste mercado, e ambos têm sido bastante favoráveis nesta safra.

Independente da previsão do USDA, as estimativas para as grandes culturas do Departamento Americano tendem a ficar maiores nos relatórios do outono, e agora, não há evidência que sustente alguma queda na produtividade, afirma a AGR.

Mais importante, segundo a consultoria, é que o USDA elevou os estoques globais da commodity, o que, juntamente com os preços mais competitivos da América do Sul, faz com que a demanda norte-americana continue a lutar por espaço no mercado

O balanço do último relatório do USDA sugere preços atingindo US$ 3,50 a US$ 3,60 no momento da colheita norte-americana, com base dezembro. A AGR Brasil, que mantém uma previsão baixista para o consumo global, vê preços entre US$ 3,20 e US$ 3,30.

– Este será mais um ano onde os rallys deverão ser usados para adiantar a cobertura das vendas – dizem os analistas.

Em Chicago, a soja para novembro teve alta de 7 pontos, a US$ 9,17. O milho para dezembro também registrou alta de US$ 0,01, a US$ 3,98.