Indústria pesqueira movimenta economia da Islândia

O país do norte da Europa é novidade no cenário do futebol mundial e sua seleção chega à Copa da Rússia na melhor fase de todos os tempos

Fonte: Pixabay

A economia da Islândia depende fortemente da indústria pesqueira, que fornece 40% das receitas de exportação de mercadorias, o que representa mais de 12% do Produto Interno Bruto (PIB), e também emprega quase 5% da força de trabalho local. Peixes, produtos pesqueiros e alumínio são os produtos mais embarcados pelo país insular do norte da Europa.

As condições naturais para atividades agrícolas na Islândia são muito adversas. O país possui 18,7% de seu território destinado à agropecuária e apenas 5,7% de sua população vive em áreas rurais. A agricultura familiar é o sistema mais praticado por lá, sendo que a maioria dos agricultores possui terras próprias; muitas fazendas permanecem com a mesma família por gerações.

Apesar de os islandeses serem essencialmente urbanos, com metade da população vivendo ao redor da capital Reykjavik, o setor agrícola é um dos mais protegidos da concorrência externa – e os incentivos à produção representam proporções consideráveis dos gastos públicos. Muitos fazendeiros islandeses têm acoplado suas atividades ao setor turístico, que cresce muito no país.

Mesmo não sendo um destaque da agricultura, há produção regular de batatas, cenouras, vegetais verdes, tomates e pepinos. Na pecuária, além da forte piscicultura que alavanca a economia do país, são registradas criações de carneiros, frangos e porcos, porém com menor expressão econômica.

O produto agropecuário islandês mais importado pelo Brasil é o filé de saithe congelado – um peixe do tipo bacalhau, que vive em grandes cardumes, principalmente quando existe fartura de alimentação. A pesca do saithe ocorre durante todo o ano e é feita normalmente com redes de arrasto de fundo. Já o produto brasileiro mais exportado pelos islandeses é o café não torrado e não descafeinado em grão. 

No futebol


Equipe classificada para a Copa da Rússia

A seleção islandesa vai disputar sua primeira Copa do Mundo na Rússia, após terminar a fase classificatória na liderança de seu grupo, composto pela Croácia, Ucrânia, Turquia, Finlândia e Kosovo. A Islândia é o país menos populoso a disputar um mundial da Fifa, com menos de 1 milhão de habitantes.

A atual seleção islandesa já fez história em seu país, pois, além de classificar-se para a primeira Copa do Mundo em 2018, também participou de sua primeira Eurocopa em 2016 e obteve resultados positivos. Chegou até as quarta de final da competição, com direito a vitória e eliminação sobre a campeã Inglaterra, nas oitavas de final, por 2 a 1, no estádio Allianz Riviera, em Nice, na França. 


Comemoração islandesa na última Eurocopa, no ano de 2016

Eiður Guðjohnsen pode ser considerado um dos maiores jogadores da Islândia de todos os tempos, se não o maior, com passagens pelo PSV Eindhoven, Chelsea e Barcelona. Apesar de já aposentado, é notável sua parcela de responsabilidade para o atual quadro positivo do futebol no país. Em 2013, apesar de ter declarado que penduraria as chuteiras da seleção, aceitou ser convocado para tentar a tão sonhada vaga para a Eurocopa nas eliminatórias de 2015, que foi bem-sucedida. 

Gylfi Sigurðsson, meio-campo do Everton, da Inglaterra, e Aron Gunnarsson, lateral-direito do Cardiff City, também da Inglaterra, são alguns dos principais jogadores da equipe. Para a Copa da Rússia, os islandeses apostam no bom momento da seleção para conseguir mais um resultado positivo e marcar essa como a melhor seleção que o país ja teve em todos os tempos.