Mercado do milho segue "frouxo" desde a segunda quinzena de dezembro

Apesar da baixa disponibilidade do cereal no país, a demanda fraca, tanto com relação ao consumo doméstico como para exportação, tiram a sustentação das cotações

Fonte: Divulgação/Canal Rural

O mercado de milho teve comportamento distinto na primeira e segunda quinzena de dezembro de 2016. Os preços firmaram na primeira metade do mês. Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP a saca de 60 quilos de milho fechou o ano cotada entre R$ 37,00 e R$ 38,00, para a entrega imediata, sem o frete.

No final de novembro, os negócios estavam em R$ 35,00. Já na segunda quinzena, os preços ficaram praticamente estáveis, em relação a primeira metade do mês, sendo que em algumas praças houve quedas.

Apesar da baixa disponibilidade do cereal no país neste momento, a demanda fraca, tanto com relação ao consumo doméstico como para exportação, tiraram a sustentação das cotações.

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em dezembro/16 a média diária exportada pelo Brasil foi de 45,7 mil toneladas de milho, 84% menos frente ao volume diário embarcado em dezembro de 2015.

Atualmente, na região de Campinas-SP a saca de 60 quilos está cotada em R$ 36,50 (9/1/17), para a entrega imediata, sem o frete, ligeira queda em relação a dezembro último.

Daqui para frente

Nas primeiras semanas de 2017  não estão descartadas quedas nos preços do milho, em função da menor movimentação interna e para exportação. O início da colheita da safra de verão colabora com este cenário.

De qualquer maneira, até que a colheita ganhe ritmo, pontualmente podemos ter a questão da baixa disponibilidade interna e retomada da demanda dando sustentação às cotações no mercado brasileiro. Se confirmada uma safra cheia na temporada 2016/2017 (primeira e segunda safras), os preços deverão cair com mais força a partir de meados do primeiro semestre de 2017.

Vale também destacar a questão do câmbio, que em caso de uma alta em relação ao real, pode interferir na exportação no primeiro trimestre de 2017, com a colheita da primeira safra e aumento da disponibilidade. Outro fator de grande influência é o clima, segundo os analistas da Scot.

Apesar das previsões indicarem um quadro mais favorável no primeiro semestre de 2017, em relação a igual período de 2015, condições climáticas sempre têm peso relevante no desempenho da temporada.