Agricultura

Milho: falta de chuva faz Imea cortar estimativa de produtividade em MT

Agora, a produtividade média no estado ficou em 103,80 sacas por hectare, queda de 3,26% ante ao último levantamento realizado pelo Imea

A produtividade das lavouras de milho em Mato Grosso sentiram os efeitos da redução no volume de chuvas, o que acabou afetando a produtividade do cereal. É o que aponta o 8º relatório da safra 2021/22 de milho em Mato Grosso, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Agora, a produtividade média no estado ficou em 103,80 sacas por hectare, queda de 3,26% ante ao último levantamento. “O corte é decorrente da redução significativa no volume de chuvas em grande parte das regiões produtoras do estado durante o mês de abril, e ainda, as perspectivas climáticas de permanência da estiagem em algumas localidades no período de maio”, diz o relatório do Imea.

milho
Foto: Wenderson Araujo-Trilux/CNA

Ainda de acordo com o instituto, com o clima desfavorável, a perspectiva é de que as regiões que apresentaram grande parte das áreas plantadas dentro da janela ideal (final de fevereiro), as lavouras sofram um menor impacto produtivo, uma vez que nesse período, grande parte do estado recebeu um volume acumulado de chuvas expressivo. Por outro lado, as regiões que tiveram um percentual maior de área plantada fora da janela, a tendência é que apresente perdas produtivas mais significativas dado a escassez hídrica que vem sendo registrada em grande parte do estado desde o último mês, como é o caso das regiões centro-sul e oeste, que tiveram uma redução de produtividade em 6,43% e 4,23%, respectivamente se comparado com o relatório passado.

Desse modo, a área para o cereal exibiu um reajuste de 0,28% ante ao último mês e ficou estimada em 6,31 milhões de hectares, enquanto em relação ao ciclo passado, o aumento é de 8,17%. O incremento da área se deve à crescente demanda pelo milho, manutenção nos altos patamares, bem como o adiantamento dos trabalhos no período da semeadura, uma vez que 82,74% das áreas foram semeadas dentro da janela ideal do estado.

Em consequência do reajuste na área e na produtividade do estado, a nova produção ficou estimada em 39,34 milhões de toneladas, queda de 2,99% frente ao observado na estimativa anterior, no entanto, ainda 20,74% a mais que a temporada passada.