Com a melhora dos mapas climáticos dos Estados Unidos, o mercado deve passar a se concentrar no lado da demanda para os grãos norte-americanos, indica o boletim da AGR Brasil desta sexta, dia 17.
Com o dólar mais valorizado, o produto norte-americano perde competitividade no exterior. Brasil e Argentina estão aproveitando e vendendo mais do que o esperado. As exportações argentinas, que se encaminham para ser as maiores já registradas, até agora atingiram 14,6 mil toneladas nas últimas estimativas de 2015, apenas 0,6 mil toneladas abaixo da safra 2009/2010. Mesmo com um início de safra morno, com greves portuárias, as exportações argentinas tem disparado acentuadamente rumo a um novo recorde.
O mercado na Bolsa de Chicago (CBOT) continua volátil, de olho no clima nos EUA. Com a melhora nos mapas, o mercado operou em baixa durante a noite e pela manhã o movimento baixista continuou, com volume forte desde o início do pregão, o que mostra que os fundos que estavam entrando no mercado nos últimos dias começam a sair de suas posições.
A AGR Brasil vem alertando desde a semana passada que existe a possibilidade de recuo, com o mercado sobrevalorizado. O clima nos EUA é favorável e o mercado começa a perceber isso, segundo a consultoria.
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– Nessa época do ano, também conhecida como “mercado climático”, é necessário que existam sempre notícias altistas para manter os preços em patamares elevados. Uma vez que o clima se normaliza, e outros fatores fundamentais do mercado não apontem para cima, não resta alternativa aos players se não sair de suas posições – diz o boletim.
O mercado deve continuar corrigindo seus preços. O milho fica em queda e a soja está tentando segurar a área dos US$ 10. O trigo também opera em queda. Nas próximas semanas, o mercado passará a se concentrar ainda mais nos boletins de condições de safra, divulgados todas as segundas-feiras. Dentro de um cenário de clima normal, será difícil ver preços em alta nas próximas semanas.
