Os agricultores continuam vendendo e aproveitando os preços altos na Bolsa de Chicago (CBOT). O boletim diário da AGR Brasil diz, entretanto, que agora os fundos também inverteram suas posições e viraram compradores ativos para grãos em geral, ainda que mais cautelosos com o complexo soja.
Os analistas interpretam que os fundos estão nivelando suas posições antes mesmo do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) desta terça, dia 30, enquanto agricultores norte e sul-americanos vendem o restante dos estoques armazenados da safra passada.
Com a divulgação dos números do USDA amanhã, será possível ver por onde o mercado deve enxergar os preços nos próximos meses. Seja qual for a área semeada de soja, devem ser descontados em torno de 400 mil a 800 mil hectares, já que a pesquisa foi feita de 1º a 15 de junho, antes das piores chuvas no Meio-Oeste. Com isso, o mercado pode “retirar” mais área do provável corte do USDA.
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Uma continuidade das chuvas acima do normal pode indicar uma produtividade menor e preços em alta, enquanto uma normalização das chuvas pode pressionar os preços. A AGR Brasil acredita que o clima em junho, apesar de mais chuvoso que o ideal, não serve para derrubar a produtividade de soja. Para que de fato se veja uma perda considerável da safra, é preciso que o clima continue ruim durante o mês de julho também.
Previsão
Os recentes modelos climáticos preveem uma mudança no padrão para temperaturas mais quentes e diminuição das chuvas para depois de 4 de julho, com o posicionamento de uma massa subtropical de alta pressão sobre as planícies do sul e Delta do Mississippi, podendo se estender para o sul do Meio-Oeste.
Essa mudança trará mais calor e menos chuvas ao longo dos próximos dias e será favorável para secar os solos que se encontram com excesso de água. Enquanto uma massa de ar continua a progredir em direção ao leste, se afastando dos EUA central.
