Café

Saca de café a R$ 600 é ótimo momento para negociar, diz consultoria

Em relatório, a consultoria Cogo - Inteligência em Agronegócio diz quais são as tendências para os preços do grão nos próximos meses

O café segue com preços elevados mesmo perto da possível safra recorde 2020/2021, segundo consultoria Cogo – Inteligência em Agronegócio. “O dólar em patamares recordes sustenta as cotações no mercado físico brasileiro”, informa. Apesar disso, a tendência é que os valores se acomodem ao longo do segundo semestre, com maior oferta.

No Brasil, o café arábica acumula expressiva alta de 7,3% no acumulado do ano e de 53,7% nos últimos 12 meses. Diante disso, a consultoria registrou aumento nas vendas antecipadas das temporadas 2020/2021 e 2021/2022. “O momento é excelente para a fixação de preços, tanto para entrega neste ano, com ofertas de R$ 600 por saca de 60 kg para o fim de 2020 a R$ 640 por saca para 2021”, diz.

O mercado futuro do arábica, na Bolsa de Nova York, permanece oscilando no intervalo entre 115 e 120 centavos de dólar por libra-peso nos contratos mais negociados.

E a demanda?

Segundo a Cogo, o mercado de café vive um momento de incerteza, em meio ao avanço da pandemia de coronavírus, com preocupações, de um lado, sobre como as condições de trabalho na cafeicultura poderão afetar a colheita e a oferta e, de outro, sobre como a demanda se comportará à medida que a crise avance e o consumo migre dos food services para a casa das pessoas, em isolamento social.

“Há uma preocupação com a logística nos portos e com a possibilidade de uma paralisação da colheita no Brasil, diante da perspectiva de haver um pico da disseminação do covid-19 nos próximos meses”, diz.

Do lado da demanda, ainda há dúvidas se o aumento do consumo de café em casa será suficiente para suprir o fechamento de cafeterias, bares e restaurantes. “A demanda de curto prazo ainda está positiva, mas não é tão aquecida como anteriormente, com alguma desaceleração da estocagem de café nos lares”, afirma.

A consultoria destaca que não é nada que, por ora, preocupe tanto, haja vista o apoio financeiro oferecido pelos governos a seus cidadãos e considerando que a partir de maio as pessoas comecem a voltar as ruas – seguindo as precauções necessárias.

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