Empresas firmam parceria para auxiliar produtores em projetos de crédito de carbono

A Produzindo Certo e a Radicle, empresa especializada na estruturação de projetos de crédito de carbono, estão abrindo as porteiras do mercado global de carbono para os produtores rurais brasileiros. As duas empresas acabam de assinar um acordo de parceria para trabalhar em conjunto na identificação de propriedades elegíveis ao Programa Fazendas Vivas, lançado em 2021 pela Radicle com o objetivo de contribuir para a preservação dos solos agrícolas, das florestas nativas e para a geração de uma nova fonte de renda ao produtor através da geração desses créditos.

“Estamos oferecendo uma possibilidade real para o produtor ganhar com a preservação de excedentes florestais e com recuperação de áreas degradadas”, afirma Roberto Strumpf, CEO para o Brasil da Radicle. “Faremos isso mensurando emissões e remoções de carbono, com a visão de que carbono é um grande indicador de produtividade e sustentabilidade. E que veio pra ficar, dentro da tomada de decisão ou da prestação de contas das fazendas”.

Em um primeiro momento, a parceria vai buscar, dentro das mais de 3 mil propriedades cadastradas na Plataforma Produzindo Certo, fazendas que possuam excedente de reserva legal e estejam dispostas a se comprometer em não realizar desmatamentos. Em uma segunda fase, também serão avaliadas propriedades com potencial para, através de práticas que promovem o aumento de sequestro de carbono no solo, reduzir as emissões em sua operação. “O passo inicial consiste em mensurar o carbono sequestrado e fazer um balanço para avaliar a viabilidade delas para participarem do mercado”, afirma Charton Locks, diretor de Operações da Produzindo Certo.

Uma vez identificadas as propriedades, os parceiros vão propor a elas a participação nos projetos, que serão estruturados pela Radicle e posteriormente negociados no mercado voluntário de carbono, podendo gerar uma renda adicional aos produtores. O objetivo é assinar os primeiros contratos com produtores nos próximos meses, permitindo que já haja renda para eles, com a venda dos créditos, no início de 2023.