O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,61%, a R$ 5,2500 para venda, em um claro movimento de tensão e forte preocupação dos investidores com a variante Delta da Covid-19 e os efeitos que ela trará para a economia global. Analistas ponderam que pode estar ocorrendo um exagero para esse avanço do dólar nesta segunda, 19.
Pedro Galdi, analista da Mirae Asset explica em relatório que os mercados já iniciaram o dia negativos, “impactadas pelos temores da antecipação de mudanças na política monetária do Fed, com a inflação se posicionando muito acima da meta de 2%. Por outro lado, a evolução da cepa Delta da Covid-19 no mundo renova as preocupações sobre o atraso na retomada da economia global, justamente no momento em que alguns países que com a vacinação em estágio mais avançado já sugere não usar máscara”, afirmou o especialista.
“Nesta primeira sessão de semana o dólar comercial exibiu um forte viés de alta, em um dia de intensa aversão ao risco nos mercados financeiros internacionais, com investidores temerosos que a rápida disseminação da variante delta da covid-19, prejudique a retomada da economia global, movimento que levou os investidores a saírem dos ativos de risco, penalizando as bolsas e fortalecendo a moeda norte americana, considerada uma divisa porto seguro”, afirmou Jefferson Rugik, da Correparti Corretora.
“Temos o mercado apostando em um aperto monetário mais cedo e rápido do que o Fed indica, além, é claro, da delicada situação com a variante delta da Covid-19, que segue causando alarde com sua rápida transmissibilidade e avanço nos números de infectados em locais, inclusive onde a situação estaria controlada (OMS aponta transmissibilidade 97% maior que a cepa original). Ainda assim, é importante ter ciência de que já vimos diversos movimentos de enxugamento de risco seguidos por demonstrações de resiliência desses ativos nos últimos meses, percepção que pode estar em xeque agora com a variante delta”, ponderou a Commcor.
Por Agência Safras