
Uma encomenda de ovos in natura no Centro de Tratamento Internacional dos Correios (Ceint), no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, foi interceptada na última terça-feira (23) pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O material, originário da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, foi enviado por remessa postal sem a necessária autorização e certificação zoossanitária internacional. A Vigilância não detalhou a quem se destinava o produto.
De acordo com as autoridades brasileiras, apesar de os norte-americanos terem encerrado, em julho deste ano, o estado de emergência nacional em saúde pública para a gripe aviária, o país ainda registra focos do vírus H5N1 em aves, rebanhos leiteiros e até casos de infecção em humanos.
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O estado da Carolina do Norte, de onde partiu a remessa, aliás, é um dos principais estados produtores de aves daquele país.
Assim, a ação do Vigiagro resultou na devolução dos ovos ao país de origem, medida tida como essencial para reduzir o risco de introdução de doenças no Brasil. De acordo com o Mapa, a entrada de produtos de origem animal ou vegetal sem o cumprimento das normas da pasta configura infração legal e está sujeita a penalidades.
Risco sanitário dos ovos
Ovos in natura podem estar contaminados pelo vírus da influenza aviária, tanto na casca quanto em seu interior, caso sejam provenientes de aves infectadas, conforme a Vigiagro.
Apesar de o consumo de ovos cozidos ser considerado seguro, a finalidade da remessa interceptada era desconhecida. “Se destinados à reprodução, pintos oriundos de ovos contaminados poderiam introduzir e disseminar o vírus”, diz o Mapa, em nota.
De acordo com o Ministério, a fiscalização reforça a importância do cumprimento das normas zoossanitárias para proteger a avicultura nacional e a segurança alimentar.