OPERAÇÃO TÔ FRACO

Três toneladas de carne de galinha-d’angola são apreendidas em abatedouro clandestino

Fiscais também identificaram o uso de corante artificial para mascarar a real qualidade do produto

galinha d'angola apreendidas em abatedouro clandestino no Ceará
Foto: Divulgação

A Operação Tô Fraco, em referência ao som produzido por galinhas-d’angola, foi deflagrada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última terça-feira (2).

Os fiscais localizaram um abatedouro clandestino da espécie em Apuiarés, no Ceará. O local fornecia carne para estabelecimentos de Fortaleza e até para outros estados.

Condições insalubres

abatedouro clandestino de galinhas-d'angola no Ceará
Foto: Divulgação

De acordo com os agentes, as aves eram abatidas em condições que desrespeitavam as exigências de bem-estar animal previstas na legislação e em ambiente higiênico-sanitário inadequado. Tais condições favorecem a contaminação e a disseminação de agentes causadores de toxinfecções e outras doenças transmitidas por alimentos.

Ao todo, mais de três toneladas de carne produzida no local foram apreendidas e inutilizadas. Os fiscais também identificaram o uso de corante artificial para alterar a coloração dos cortes e simular maior concentração de carotenoides, prática que induz o consumidor ao erro e mascara a real qualidade do produto.

Em Fortaleza, três estabelecimentos comerciais foram fiscalizados, e todos apresentavam produtos oriundos do abatedouro clandestino.

O Mapa reforça que carnes produzidas de forma clandestina representam sério risco à saúde pública. “Além de facilitarem a transmissão de patógenos, podem causar toxinfecções graves e até fatais. A pasta seguirá intensificando as ações de fiscalização para coibir práticas irregulares e proteger a população”, diz o Ministério, em nota.

A ação contou com a participação da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), da Secretaria da Saúde do Ceará (SESA) e da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS-CE).