Mais Milho

Milho: veja como chegar a 140 sacas por hectare na segunda safra

No programa Mais Milho deste sábado, agricultores de Mato Grosso do Sul falam sobre tecnologias usadas para alavancar a produção e vencer desafios da região

milho
Foto: Ministério da Agricultura

O projeto Mais Milho visita Mato Grosso do Sul, que tem uma posição privilegiada no mapa agrícola: o estado faz divisa com Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo, e ainda com a Bolívia e o Paraguai. Mas o MS acaba prejudicado pela logística, pois faltam ferrovias.

Esse é apenas um dos desafios da produção de grãos que o quinto episódio do programa, comandado pelo jornalista Glauber Silveira, aborda na propriedade do agricultor Cláudio Stefanello, em Sidrolândia.

O produtor rural planta soja em outubro e no mês de janeiro cultiva 100% de milho safrinha. “A cultura tem migrado para segunda safra. Hoje é uma realidade que ele melhora todo sistema produtivo”, relata Stefanello.

Sidrolândia é segundo município que mais produz milho no estado. “É uma cultura de grande importância econômica para região e também para o estado. Apostar na safrinha ajuda a reduzir o custo fixo da soja pela metade”, afirma  o  presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS), Juliano Schmaedecke.

Segundo o presidente da Aprosoja-MS, os agricultores vem conseguindo subir a produtividade e investir em tecnologia. A média da região é de 107 sacas por hectare, mas Schmaedeck atingiu 140 sacas de milho por hectare investindo na adubação com fósforo e nitrogênio.

Tributação

Mato Grosso do Sul é um estado diferenciado também quando o assunto é tributação; neste caso, nada favorável ao setor. A lei da paridade de exportação é uma polêmica antiga trazida à tona pelos convidados do programa. Para cada tonelada exportada, uma outra precisa ser comercializada no mercado interno. Os produtores reclamam que isso vem tirando há anos a competitividade do estado dentro do Brasil.

Comercialização

Boa parte dos produtores sul-mato-grossenses travam parte da produção, mas reclamam de ficarem descobertos na segunda safra de milho em relação aos valores comercializados. Para Rogério Menezes, presidente do Sindicato Rural de Sidrolândia, a equação deveria ser simples: “Pensou em plantar soja ou milho, comercializa 30%, estabeleceu a lavoura comercializa mais 30% e depois fica com seus 30% para brincar de lucro”, ensina.

Tecnologia

Testar novas tecnologias sem estarem validadas pelo estudo científico não vale a pena. “É muito caro, nossa margem é pequena. Não dá para testar na propriedade. Tem que entregar para os órgãos de pesquisa para que filtrem e desenvolvam estatísticas e depois, sim, trazer para lavoura”, concordam os três. Além da Embrapa, o estado tem as Fundações Chapadão e Mato Grosso do Sul, que desenvolvem há anos um trabalho de pesquisa com novas cultivares.

Mais Milho

O Programa Mais Milho é exibido todos os sábados, às 11h, com apresentação do jornalista e vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira.