Mais Milho

Veja o que esperar do mercado do milho nesta semana

 Mercado interno tem oferta ajustada e preços em alta; confira análise completa

saca de milho em grão
Foto: Ascom/Seagri

O mês de dezembro começa já com o mercado de olho na produção de milho. Nos Estados Unidos, a colheita atrasada, com algumas áreas ficando para para a primavera, indicam que o USDA deverá mexer nos números da safra ao longo do semestre.

No Brasil, as colheitas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina ocorrerão em janeiro e fevereiro, mas terão demanda  agressiva tendo em vista ser ainda um milho mais barato que a importação. Acompanhe, abaixo, os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho nesta semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

  • Quadro externo é calmo sem grandes novidades;
  •  Surge agora alguma preocupação com a área do trigo de inverno nos Estados Unidos, que poderá ser menor. Isto gera uma volatilidade no trigo com reflexos no milho;
  • Colheita ainda muito atrasada nos Estados Unidos, com 16% ainda restante e algumas áreas podendo ficar para colher apenas na próxima primavera. Isto quer dizer que o USDA ainda terá que mexer nos números de safra ao longo do primeiro semestre;
  • Atenção agora ao clima na Argentina devido à estiagem no final da primavera. A meteorologia sugere dezembro e janeiro com chuvas abaixo da média;
  • Acordo comercial sem possibilidade no curto prazo, ainda mais com os EUA oficializando o apoio aos protestos em Hong Kong;
  • Mercado interno segue com quadro ajustado de ofertas e preços em alta;
  • Consumidores somente agora buscam lotes para a virada de ano e pagam preços mais altos a cada dia;
  • Embarques na exportação chegam a 37,3 milhões de toneladas de fevereiro a dezembro e têm meta ampliada para 39 milhões de toneladas;
  • Colheitas no RS e SC ocorrerão em janeiro e fevereiro, mas terão demanda agressiva tendo em vista ser ainda um milho mais barato que a importação;
  • Paraguai sem ofertas de milho disponível para o primeiro semestre de 2020;
  • Argentina tem custo hoje de R$ 48/49 no porto, mais o frete interno. Ainda é difícil a importação da Argentina para grande parte do Brasil;
  • Safra de verão atrasada e pequena promete manter o primeiro semestre com preços firmes.