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Em uma semana, soja sobe até R$ 4 por saca em algumas praças

Elevação dos preços foi influenciado pela alta no dólar e das cotações na Bolsa de Chicago. Com isso, o país avançou bastante nas negociações do grão

A escalada do dólar comercial frente ao real impulsionou os preços domésticos da soja e acelerou o ritmo dos negócios nas principais praças do país nesta semana. Para completar o cenário positivo, Chicago engatou uma recuperação e vai encerrando a semana em alta.

Na comparação dos preços negociados no país na sexta-feira passada (28 de fevereiro) e esta sexta (6 de março) a saca de 60 quilos subiu de R$ 86 para R$ 90 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço saltou de R$ 81,50 para R$ 85,50 no período. Em Paranaguá, a cotação pulou de R$ 90 para R$ 93,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 79,50 para R$ 82. Em Dourados (MS), o preço subiu de R$ 76,80 para R$ 81. Em Rio Verde (GO), a cotação passou de R$ 78,50 para R$ 81.

O câmbio foi o fator decisivo para a formação dos preços internos e por dar ritmo aos negócios. Nesta semana, o dólar comercial voltou a testar as máximas e subiu 3,77% entre segunda e quinta, atingindo R$ 4,653 no fechamento do dia 5.

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As preocupações com os efeitos do coronavírus sobre a economia mundial e o quadro de instabilidade interno resultam em uma sequência de 12 sessões consecutivas de alta. Nesta semana, os contratos futuros em Chicago também subiram 0,48%, batendo em US$ 8,97 por bushel na posição maio.

Argentina

A elevação de 30% para 33% nas tarifas de exportação do complexo soja argentino deve desmotivar a semeadura da oleaginosa na próxima temporada no país vizinho. A avaliação é do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.

A área a ser plantada com soja na safra argentina 2020/21 deve sofrer um impacto negativo derivado da elevação das retenciones para soja, farelo e óleo. Como o novo aumento recaiu apenas na soja, outras culturas devem voltar a ganhar espaço frente à oleaginosa. Alguns subprodutos de milho, trigo e girassol, além de arroz e amendoim, tiveram reduções nas retenciones.

“Além da provável queda na produção, a Argentina deve continuar diminuindo sua participação no mercado exportador do complexo soja, cedendo espaço principalmente para os produtos brasileiros e norte-americanos, projeta Gutierrez.

Produtores argentinos estão demonstrando grande interesse em arrendar ou comprar terras no Uruguai. Notícias indicam que o número de consultas de argentinos sobre terras no país vizinho cresceu 50% nos últimos dias.

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