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Portos de grãos da Argentina tomam medidas contra o coronavírus

O governo argentino criou regras para o desembarque de tripulantes estrangeiros. Já o distrito de Timbúes resolveu suspender todas as atividades em seus portos graneleiros

Foto: Daniel Popov

O portos de cereais do distrito de Timbúes, no sul da província de Santa Fé, na Argentina suspendeu suas atividades até o próximo dia 2 de abril. A informação foi confirmada pelo chefe da comunidade Amaro González. No início da semana, o porto de Rosário havia comunicado que navios europeus teriam que cumprir quarentena. Nesta quinta, o governo argentino informou que tripulantes estrangeiros que não sejam residentes no país só poderão desembarcar se cumprirem algumas restrições.

O chefe do distrito de Timbúes, Amaro González, usou a conta oficial no Twitter para confirmar a suspensão das atividades na comunidade, incluindo os trabalhos nos portos. A restrição deve perdurar até o próximo dia 2 de abril. A medida entrou em vigor a partir deste dia 19 de março.

“Todas as atividades comerciais e industriais estão suspensas no âmbito do distrito de Timbúes, o que também significa na área de portos de cereais”, informou. “

Em Timbúes, existem cinco portos de cereais e está localizado na a 11 quilômetros de San Lorenzo, a 7 km de Puerto General San Martín e a 35 km de Rosário.

Governo argentino cria regras para os portos

O governo argentino decidiu permitir a entrada de embarcações que transportam mercadorias do exterior em meio à disseminação do novo coronavírus. No entanto, tripulantes estrangeiros que não sejam residentes no país terão regras para desembarcar.

As medidas fazem parte de uma circular com diretrizes sobre a chegada de navios de carga e de passageiros ao país publicadas pela subsecretaria de Justiça de portos e vias navegáveis.

Em relação aos tripulantes estrangeiros não residentes no país, eles podem desembarcar se não apresentarem sintomas e tiverem navegado mais de 14 dias sem atracar em qualquer porto de uma área afetada pelo novo coronavírus ou se não apresentam sintomas e não viajaram, amarraram ou embarcaram nos últimos 14 dias em uma área afetada.

Além disso, essas pessoas devem cumprir as regras e protocolos do Ministério da Saúde argentino, que incluem um distanciamento social se tiverem que sair do navio para permitir operações portuárias. Por outro lado, se não houver necessidade de realizar operações, eles não poderão desembarcar do navio por 15 dias.

Porto de Rosário já havia colocado regras

Na terça-feira, 17, o porto de Rosário, um dos principais da Argentina, informou que os navios vindos da Europa para carregar soja no país não poderiam atracar, como medida preventiva contra o avanço do coronavírus. As informações foram confirmadas pelo diretor da consultoria argentina Globaltecnos, Sebastian Gavaldá.

“O governo enviou uma explicação dizendo que navios vindos do exterior podem entrar e carregar, normalmente. Entretanto os navios de farinha e óleo que chegam na Europa têm que ficar 14 dias de quarentena, para evitar a proliferação do coronavírus”, diz.

Leia a reportagem na íntegra:

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