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Soja: consultoria dos EUA estima melhor condição de lavouras em 3 anos

Já o USDA atualizou suas perspectivas e apontou uma piora de 2% nas lavouras após os problemas climáticos ocorridos no país na última semana

A consultoria norte-americana Pro Farmer soltou seus primeiros relatórios sobre a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/2021. Por enquanto, os resultados são de áreas em Ohio e Dakota do Sul e ambas mostram rendimentos melhores que a média dos últimos três anos. Vale lembrar que o último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta segunda-feira, 17, mostrava piora nas condições.

Segundo levantamento divulgado pela Pro Farmer, as lavouras de soja em Ohio, no leste dos Estados Unidos, estão se desenvolvendo melhores neste ano, na comparação com à média dos últimos três anos e com o ano passado, segundo avaliação dos participantes do crop tour.

A contagem de vagens da soja chega a 1.155 em uma área de três pés por três pés, ante 1.039 de média dos últimos três anos (2007 a 2009). No ano passado, o crop tour estimou a contagem de vagens em 764 em uma área de três pés por três pés.

Já em em Dakota do Sul, a contagem ficou em 1.250,86 em uma área de três pés por três pés. A média do estado nos últimos três anos ficou em 919,04. No ano passado, a contagem foi de 832,85.

USDA prevê piora

Por sua vez, o relatório divulgado na última segunda-feira, pelo USDA aponta para condições piores das lavouras americanas de soja. Segundo a entidade, até 9 de agosto, 72% estavam entre boas e excelentes condições (o mercado esperava isso), 21% em situação regular e 7% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 74%, 21% e 5%, respectivamente.

Cotações em queda

Essa melhora apontada pela consultoria Pro Farmer, trouxe impactos imediatos às cotações da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), afirma a consultoria Safras & Mercado. Os preços do grão operavam mais baixos até no meio-pregão desta terça-feira. Apesar de nova venda por parte de exportadores privados e da piora nas condições das lavouras dos Estados Unidos, o mercado é pressionado pela perspectiva de rendimento melhor.

A posição setembro de 2020 era cotada a US$ 9,09 por bushel, baixa de 3,25 centavos de dólar por bushel, ou 0,35%. A posição novembro de 2020 era cotada a US$ 9,11 por bushel, perda de 3,50 centavos de dólar por bushel, ou 0,38%.

No farelo, setembro de 2020 tinha preço de US$ 296,10 por tonelada, retração de US$ 2,20 por tonelada ou 0,73%. Já a posição setembro de 2020 do óleo era cotada a 31,52 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 0,21 centavo de dólar por libra-peso ou 0,67%.

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