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Soja: importações da China podem crescer 34% em 2020, diz entidade

Porém, segundo a Unctad, para que isso se concretize é necessário que sejam removidas as barreiras comerciais aplicadas durante a pandemia

soja no porto de Paranaguá, portos
Embarques de soja no porto. Foto: APPA

As exportações globais de commodities para a China podem cair em até US$ 33,1 bilhões em 2020, tombo de 46% em comparação com projeções anteriores à pandemia de coronavírus, estimou nesta terça-feira, 2, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na sigla em inglês). Atualmente, o país asiático absorve cerca de um quinto das exportações mundiais de commodities.

O motivo para a queda drástica é justamente a diminuição na demanda chinesa por produtos energéticos, minérios e grãos, em consequência dos impactos econômicos da Covid-19. Apenas para os países em desenvolvimentos dependentes da exportação de commodities, estudo da Unctad projeta queda nas vendas para a China entre US$ 2,9 bilhões e US$ 7,9 bilhões.

Ainda que a maioria das commodities deva ser afetada, a entidade aposta que a demanda da segunda maior economia do mundo por soja e cobre deva crescer. “As importações chinesas de soja de países em desenvolvimento dependentes de commodities, por exemplo, agora devem crescer 34% – 10 pontos percentuais a mais do que as previsões anteriores”, diz a o estudo.

A Unctad pondera, contudo, que há uma condição necessária para que as projeções para soja e cobre se mantenham: a remoção de barreiras comerciais aplicadas durante a pandemia.