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Soja: ‘Produtor prefere sustentabilidade do negócio a produtividade elevada’

Segundo o engenheiro agrônomo da Universidade Rural do Rio de Janeiro, Túlio Gonçalo, o desafio atual é conseguir uma boa safra ano após ano

Abertura Nacional da Colheita da Soja
Foto: Queli Ávila/Canal Rural

A safra brasileira de soja deve ser a maior da história, passando inclusive a produção dos EUA, outro grande nome do setor. Durante a Abertura Nacional da Colheita da Soja, realizada em Jataí (GO), o engenheiro agrônomo da Universidade Rural do Rio de Janeiro, Túlio Gonçalo, falou sobre a expectativa a produtividade para esta temporada e sobre a força de produção brasileira.

“O produtor está se preparando cada vez mais, com apoio de instituições como a Embrapa e universidades. Isso tem trazido ano a ano uma melhoria e equilíbrio. Hoje, o produtor procura muito mais a sustentabilidade do negócio, que é produzir bem todo ano, ao invés de ter um talhão com produtividade enorme em um ano e, no seguinte, não conseguir uma produtividade adequada”, disse.

Segundo ele, a estabilidade é um alvo mais buscado do que alta produtividade. “Nós esperamos uma safra muito boa em Goiás, um pouco melhor do que a anterior. Mas ainda é muito cedo para confirmar”, disse.

Para Gonçalo, a soja se tornou viável no Brasil graças aos biológicos e tem conseguido maior desenvolvimento, nos últimos anos,  por causa de tecnologias como a implantação da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). “A soja era para ser inviável no Brasil se não fossem os biológicos, se não tivéssemos a fixação biológica de nitrogênio os custos não se pagariam. Outro bom exemplo foi a ILPF, onde se permitiu produzir soja em regiões consideradas inóspitas para essa cultura”,  falou.